ANÁLISE POLÍTICA

O fim do resguardo de Diego Libardi

Por Ilauro Oliveira

Depois das eleições passadas, onde obteve no geral 18.784 votos, sendo 14.584 só em Cachoeiro, o advogado Diego Libardi (Republicanos) entrou em período de resguardo. Tanto pelo pós-eleitoral, quanto pelo nascimento do seu filho Noah.

Primogênito crescidinho e lambidas feridas pela não eleição para deputado federal, Diego botou o pé na estrada nesta semana. O foco é a disputa pela prefeitura de Cachoeiro.

Algumas agendas feitas em Vitória mostram que o jovem é tratado como projeto de seu partido e também de outros, uma vez que as conversas incluíram o presidente estadual do Republicanos, Erick Musso, e gente de outras siglas, em momentos diferentes.

Os movimentos de Diego em Vitória, revelados a este que escreve por uma raposa felpuda, que pediu anonimato, mostram que o rapaz ganhou tamanho devido as duas performance eleitoral que teve, em 2020 e 2022.

Mesmo sem mandato, Diego entra, após o descanso eleitoral, no patamar de nomes que podem ou devem figurar como prefeitáveis ano que vem. Apesar desse movimento ser meio óbvio, passa a ganhar contornos de realidade na medida que deixa de ser algo pessoal, conduzido apenas por ele mesmo, e envolve siglas importantes do estado.

Ninguém é projeto político dele mesmo, me falou certa vez Roberto Valadão (MDB), com olhar de professor. Aliás, Diego, que por acaso já foi secretário municipal do ex-prefeito de Cachoeiro, também bebeu do percuciente saber político do velho líder emedebista, e portanto não é jogador que possa ser considerado neófito no ramo. Tem certa rodagem no meio político/partidário, embora jovem.

Por exemplo, Diego aprendeu com Valadão, que tem o grave defeito de ser vascaíno, mas a virtude de uma vida pública vitoriosa, a necessidade de debater projetos antes de nomes. Tanto que quando foi candidato lá em 2004, o emedebista já tinha em mãos “Um Plano Para Cachoeiro”, documento com diretrizes para governar, caso vencesse a eleição… Como venceu.

Por isso, um interlocutor ficou bastante impressionado ao ouvir do Libardi, lá na capital, que é necessário que se construa um projeto administrativo para Cachoeiro antes de se discutir nomes. Documento confeccionado com lideranças e partidos que desejem chegar ao Palácio Bernardino Monteiro.

Ta aí uma boa ideia do Diego e que vale para todos os prefeitáveis. Antes de se intitularem candidatos, que tenham em mãos ideias de como gerir uma cidade complexa, problemática e de recursos escassos como Cachoeiro.

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“Tanta coisa que eu tinha a dizer / Mas eu sumi na poeira das ruas” – Sinal Fechado (Paulinho da Viola) 

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