Hoje o nome do prefeito Victor Coelho (PSB) à sua sucessão chama-se Lorena Vasques. Não há outro. Mas há um porém: a eleição não é hoje.
Embora tenha dado à sua supersecretária régua e compasso dentro da administração com objetivo claro, o prefeito reconhece pela primeira vez que pode recuar desse desejo pessoal em nome de uma parceria de lealdade que construiu com o governador Renato Casagrande (PSB). Aliás, o saudoso Glauber iniciou essa relação e ele mantém.
Existe em torno das eleições do ano que vem uma engenharia que vai desembocar em 26. A sucessão de Casagrande, bem como sua possível disputa ao Senado, é desenhada agora, e nesse contexto Cachoeiro se constitui em trincheira estratégica para o grupo casagrandista. Por isso, não é permitido a Victor, maior liderança local, ações desassociadas do contexto.
E por entender o tamanho que tem nesse jogo é que Victor fez aceno para Allan Ferreira (Podemos) e Bruno Resende (União Brasil) nesta semana. Diz que pode apoiar um dos dois em nome de Casagrande. Assim como excluiu Diego Libardi (Republicanos) de qualquer união futura exatamente porque ele não come na mesma mesa do governador.
É um grande gesto de lealdade, dando novos contornos à eleição vindoura. Apoio deste quilate tem muito peso. Que o diga Allan Ferreira que só é deputado hoje graças a força do governo Victor.
Sobre Lorena, ela não está fora do jogo. Ao contrário. É posicionada para entrar ou não em campo, a depender da necessidade. Está para Victor como Anselmo estava para Carpegianni na Libertadores de 81 do Flamengo: é destemida e entra para resolver. Joga o jogo conforme a necessidade, por isso continuará posicionada até a decisão de Victor que, por ora, acena para os dois deputados.