Sessão desta segunda

Gargalos na área da saúde pautam discursos de deputados capixabas

Prevenção à obesidade infantil, mais atenção para pessoas autistas e com síndrome de Down e investimentos governamentais em casas de repouso para idosos foram alguns dos temas abordados na tribuna da Assembleia Legislativa na sessão ordinária desta segunda-feira (29). 

O deputado Coronel Weliton (PTB) afirmou que, devido a atrasos em repasses de verbas estaduais, 130 crianças com síndrome de Down residentes no município de Ibatiba (localizado perto da divisa com Minas Gerais) estão sem atendimento médico em áreas como fisioterapia, fonoaudiologia e psicologia. 

Além disso, acrescentou, os familiares de crianças nestas condições reclamam que profissionais do serviço municipal de saúde de Ibatiba estariam se recusando a atendê-las alegando falta de qualificação.  

Fotos da sessão

Morte de criança 

Weliton denunciou também suspeita de negligência que teria sido praticada por profissionais de saúde da Santa Casa do município de Iúna (região do Caparaó). 

Segundo relatou, na última terça (23) uma criança de 8 anos deu entrada na instituição apresentando sintomas de dengue, mas nenhum exame visando ao diagnóstico foi solicitado pelo médico plantonista, que realizou o atendimento e não determinou a internação. 

“Persistindo os sintomas (da dengue) a família buscou uma pediatra particular, que acionou imediatamente o SAMU; a criança foi levada de volta para Santa Casa, mas não houve mais tempo, acabou morrendo com suspeita de dengue hemorrágica”, afirmou o parlamentar. 

Weliton fez um apelo à Secretaria de Estado de Saúde (Sesa) para que encaminhe, com urgência, veículos “fumacê” para o combate ao mosquito Aedes aegypti nos municípios do Caparaó, onde a incidência da dengue, conforme alertou, está “assustadora”. 

Fibromialgia 

Chamou a atenção dos deputados a presença, na galeria do plenário, de entidades ligadas à causa das pessoas que sofrem com a doença da fibromialgia no estado. 

O deputado Zé Preto (PL) citou a importância da luta das lideranças deste movimento criado nas cidades de Vitória, Vila Velha, Viana, Fundão, Serra e Cariacica.

“Precisamos dar mais visibilidade aos problemas enfrentados por quem tem fibromialgia, pois se trata de uma doença que atrapalha muito no dia a dia”, destacou Zé Preto, pedindo apoio dos colegas parlamentares para o Projeto de Lei (PL) 73/2023, de Denninho Silva (União). A medida estabelece que pacientes com fibromialgia sejam incluídos no grupo de pessoas com deficiência e tenham os mesmos direitos e garantias.

Dor crônica 

O presidente da Comissão de Saúde, deputado Bruno Resende (União), citou que elaborou iniciativa com o objetivo de beneficiar também os pacientes com fibromialgia, no caso o PL 289/2023, que cria a política estadual de atendimento às pessoas com dor crônica. 

Protocolada em abril a iniciativa constava para discussão especial em 3ª sessão na Ordem do Dia prevista para a sessão ordinária desta segunda (29); em função de abertura de extraordinária para votação de matérias em regime de urgência, a  inclusão da matéria ficou automaticamente postergada para a pauta da sessão ordinária desta terça (30). 

Resende defendeu ainda a aprovação de outra matéria, o PL 214/2023, de autoria dele, que prevê medidas contra a obesidade infantil no estado. Ele citou que, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), um terço das crianças com idade entre 3 e 9 anos está acima do peso no Brasil. 

O presidente da Comissão de Saúde ainda alertou para o risco de crianças obesas desenvolverem doenças crônicas na vida adulta, entre elas diabetes, hipertensão e patologias cardio e cerebrovasculares. 

“Creche” para idosos 

E o deputado Sergio Meneguelli (Republicanos) destacou importância de indicação que elaborou solicitando ao governo do Estado a criação em todo o Espírito Santo do que ele vem chamando de “creche” para idosos. 

“Na verdade são casas de repouso, mas eu prefiro chamar de creches públicas para os idosos, pois se trata de algo muito parecido com o que acontece com as crianças”, disse.  

Meneguelli observou que o idoso mais pobre fica com dificuldade de assistência porque não tem como pagar uma cuidadora particular e, se algum familiar for cuidar, não pode trabalhar. 

As casas de repouso – denominadas pelo deputado de “creches públicas para idosos” – acolheriam durante o dia as pessoas que perderam a autonomia devido à velhice, sendo que o parente responsável voltaria no final da jornada de trabalho para buscá-lo. 

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