A PARTIR DE JANEIRO DE 2023

Deputados capixabas zeram o IPVA para 417 mil motocicletas no estado

Os proprietários de motos de até 170 cilindradas no Estado já têm um motivo para comemorar. É que a Assembleia Legislativa aprovou hoje (31) o Projeto de Lei 321/22, de autoria do deputado estadual Bruno Lamas (PSB), que zera o Imposto sobre Veículos Automotores (IPVA) de duas rodas, no caso motos de pequeno porte.

A medida deverá livrar 417.234 motocicletas do pagamento do imposto, a partir de janeiro de 2023. Esse é o número de motos de menor potência que se encontra registrado no Espírito Santo, segundo informou o então diretor-geral do Departamento Estadual de Trânsito (Detran-ES), Harlen da Silva, em consulta feita pelo parlamentar.

O projeto de Bruno Lamas, que estava em regime de urgência, obteve os pareceres favoráveis das comissões de Justiça, Finanças, Defesa do Consumidor e Mobilidade Urbana, antes de ir à votação em plenário na tarde de hoje.

“É uma alegria poder fazer mais essa entrega à sociedade capixaba. A população humilde do Brasil usa moto para trabalhar. Existe uma decisão federal que acaba com o IPVA para motos de até 170 cilindradas. O que fizemos foi apresentar uma proposta para que o Espírito Santo possa fazer a sua parte. Queremos que aqui o Estado possa acabar com a cobrança do IPVA para esse tipo de motocicleta. Será uma vitória histórica para os motociclistas”, declarou Bruno.

A decisão da Assembleia vai ao encontro de outra tomada pelo Senado Federal, no dia 6 de julho e publicada no Diário Oficial da União no dia 11, que reduziu a zero a alíquota mínima do IPVA para motos de até 170 cilindradas. Com isso, ficou estabelecido que os estados poderão (ou não) aplicar alíquotas de IPVA de 0% para tais motos pequenas, a partir de 1º de janeiro de 2023.

Para justificar a sua iniciativa, Bruno lembra que as motos são usadas em áreas de difícil acesso e por pessoas de baixa renda. Segundo o parlamentar, 85% dos compradores destas motocicletas são das classes C, D e E, e utilizam esse tipo de veículo como instrumento de trabalho ou no deslocamento até o emprego, uma vez que são cidadãos com menor poder aquisitivo e que sofrem com a falta de frequência e qualidade dos transportes urbanos.

Bruno reforça que esses veículos de portes leves não causam estragos às estradas e pistas pavimentadas. O parlamentar também lembrou a importância da aprovação da proposta para o homem do campo, uma vez que as motos têm substituído os cavalos na zona rural.

“Todos sabemos da dificuldade de locomoção em áreas rurais e de menor poder aquisitivo. Essa dificuldade de locomoção atrapalha muito a mobilidade urbana e o processo produtivo das regiões rurais do Espírito Santo, que muitas vezes precisam do transporte urgente. Nessas regiões, as motocicletas são um dos principais, se não o principal veículo de locomoção, e, dessa forma, de fundamental importância para a economia dessas regiões”, justificou.

E completou: “Não bastasse sua importância econômica, existe a importância humana. As longas distâncias, de difícil alcance do automóvel comum, muitas vezes precisam ser percorridas para levar um médico, uma parteira, um remédio que pode salvar vidas.”

Procurada, a Secretaria de Estado da Fazenda (Sefa) informou, por meio de ofício direcionado ao deputado, que, caso o projeto de lei seja aprovado e sancionado, o Estado terá perda de receitas para 2023 (R$27.226.030,62), 2024 (R$28.124.489,63) e 2025 (R$28.968.224,32).  A secretaria não informou sobre possíveis medidas de compensação.

O deputado, porém, lembrou que o recurso que deixará de entrar aos cofres públicos serão compensados, uma vez que os motociclistas ampliarão suas atividades de entrega de alimentos e da produção, garantindo o crescimento da economia.

Para valer, o projeto aprovado precisa ser sancionado pelo governador Renato Casagrande (PSB) no prazo de 15 dias. Atualmente, o IPVA é 2% do valor da moto.

 PARCELAMENTO

 Em 2016, Bruno Lamas emplacou a Lei 10.570, que garantiu o pagamento do IPVA em cota única ou em quatro parcelas para veículos em geral, quando a legislação em vigor permitia dividir em apenas duas vezes.

No dia 11 de julho deste ano, o deputado teve outro projeto de sua autoria aprovado: a Assembleia Legislativa ampliou o parcelamento de quatro para seis vezes, e o governador sancionou a lei, no dia 22 do mesmo mês. Na última sexta-feira (28), o governo divulgou o cronograma de pagamento para o ano que vem, começando pelo mês de maio.

Confira mais Notícias

Espírito Santo

Ricardo Ferraço assume Governo e cumpre agenda em Mimoso do Sul e Cachoeiro na próxima semana

Tribunal Militar

Presidente do STM diz que Bolsonaro pode ser julgado por crime militar

Brasil

STF torna réus deputados do PL por suspeita de propina em emendas

Jornalismo

Wanderson Amorim é o novo secretário de Comunicação de Cachoeiro

Brasil

Por unanimidade, STF homologa liberação das emendas parlamentares

Análise Política

Ricardo Ferraço e o sonho que não envelhece

Brasil

Cid confirma que Bolsonaro recebeu US$ 86 mil por venda de joias

Defesa

Advogados de defesa se manifestam sobre denúncias da PGR

plugins premium WordPress