Foto: Emerson Silva
Nesta quarta e quinta-feira, 20 e 21, o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) realiza, em Vitória/ES, a primeira reunião do Conselho Consultivo das unidades de conservação do arquipélago de Trindade e Martim Vaz e do Monte Colúmbia. Trinta e oito instituições, entre órgãos públicos e representantes da sociedade civil com atuação no território fazem parte do conselho, que é um instrumento de gestão obrigatório para a gestão nas unidades de conservação.
O ICMBio Grandes Unidades Oceânicas é o núcleo de gestão integrada responsável pelas áreas protegidas no arquipélago de Trindade e Martim Vaz e no arquipélago de São Pedro e São Paulo. São duas unidades de conservação em cada arquipélago: um Monumento Natural (MONA) e uma Área de Proteção Ambiental (APA) que abrange também as 200 milhas náuticas em seu entorno. A gestão ambiental nestas áreas tem foco no monitoramento ambiental, incentivo à pesquisa e iniciativas para que a pesca industrial (principal atividade de exploração das áreas) seja uma atividade sustentável.
Esta primeira reunião do Colegiado, formado em fevereiro deste ano, terá na programação principal a posse dos conselheiros, a elaboração do regimento interno e o Plano de Ação do Conselho para os próximos 2 anos. Representantes de instituições do Espírito Santo e de Santa Catarina – principais sedes da indústria pesqueira que atua no arquipélago também participarão do evento; além de ONGs e órgãos ligados à gestão marítima e pesqueira.
A Marinha do Brasil, que é a responsável pelos arquipélagos, também é cogestora das Grandes Unidades de Conservação Oceânicas. Anualmente, comissões periódicas são organizadas pela Marinha, levando mantimentos e cientistas até as ilhas. A logística envolve mais de 100 pessoas, e planejamento contínuo.
Próximos passos
Uma das principais metas que devem entrar no Plano de Ação do Conselho Consultivo das unidades de conservação de Trindade e Martim Vaz é a elaboração de um Plano de Manejo para a área protegida. Neste documento é detalhado o zoneamento das unidades e seus usos, assim como regras específicas, quando necessário.
O processo pode durar até 2 anos e terá debate amplo com os atores do território e posteriormente definido em reunião do Conselho.