Foto: Bárbara Rocha/Projeto Identidades
A Estrada de Ferro Vitória a Minas vai muito além dos seus trilhos: ela é um elo vivo que conecta pessoas, comunidades, histórias, culturas e saberes. Pensando nisso, o projeto “Identidades: Memórias de uma Estrada de Ferro” vai percorrer, ao longo de 2025, sete cidades situadas ao longo da linha férrea no Espírito Santo: Cariacica, Serra, Fundão, Ibiraçu, João Neiva, Colatina e Baixo Guandu.
O objetivo é tão simples quanto potente: pesquisar, registrar, divulgar e valorizar as expressões culturais dessas comunidades que margeiam a ferrovia – das feiras de artesanato às receitas de família, das danças tradicionais aos sons da música local.
A iniciativa, que conta com apoio da Vale e da ANTT, propõe a criação de um inventário cultural e afetivo, priorizando manifestações como o artesanato, a gastronomia, a música e as artes cênicas – teatro, dança, circo, entre outras. Além disso, pretende ouvir e registrar histórias de pessoas com trajetórias marcadas pela ferrovia: ex-ferroviários, famílias, líderes comunitários, artistas locais e todos que, de alguma forma, têm sua vida entrelaçada à Estrada de Ferro.
A equipe de pesquisadores do projeto já esteve em Baixo Guandu e Colatina. Agora, segue rumo a Cariacica, Serra e Vila Velha.
Ao final do mapeamento, o projeto produzirá um livro e uma publicação digital com histórias, imagens e manifestações culturais das comunidades ao longo da ferrovia e uma mostra cultural gratuita com comidas típicas, feira de artesanato, apresentações artísticas e rodas de conversa.
As ações do projeto serão divulgadas nas redes sociais, ampliando o alcance do projeto e democratizando o acesso à sua rica memória.
“Acreditamos que cada pessoa tem uma história que merece ser contada. Ao registrar essas memórias, estamos valorizando o que há de mais vivo e verdadeiro nas comunidades: sua cultura, seus afetos, seu jeito de ser e de fazer. O projeto é isso: ouvir, valorizar e compartilhar as memórias que moldaram e continuam a moldar a identidade de cada comunidade conectada pela ferrovia”, disse Diego Ribeiro, coordenador do projeto Identidades.