Economia
Petrobras recusa dois nomes indicados pelo governo para o Conselho


A Petrobras divulgou nesta quinta-feira (14) a ata da reunião do Comitê de Elegibilidade (Celeg), que faz parte do Comitê de Pessoas (Cope), com a análise dos indicados pela União aos cargos de membros do Conselho de Administração da estatal.
No parecer, o Cope/Celeg disse que no caso da indicação de Jônathas Assunção Salvador Nery de Castro, que é Secretário Executivo da Casa Civil da Presidência da República, “é praticamente impossível estabelecer um critério ou um processo objetivo que possa mitigar e/ou eliminar os conflitos de interesse”. Por isso, foi considerado “inelegível”.
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Outro indicado, Ricardo Soriano de Alencar, Procurador-Geral da Fazenda Nacional, também foi considerado inelegível para o cargo de conselheiro. O parecer lembra que “enquanto Procurador Geral da Fazenda Nacional”, a legislação ” não autoriza” a indicação de pessoa que tenha ou possa ter qualquer forma de conflito de interesse. “Isto posto entendemos que o candidato não é elegível”, destacou o parecer.
A negativa envolvendo os dois nomes foi unânime pelos integrantes do Celeg. O Comitê, no entanto, não tem poder de veto.
No parecer, o próprio Cope/Celeg destacou que a análise dos nomes tem como objetivo auxiliar o Conselho de Administração e, posteriormente, os acionistas no processo de eleição dos membros do colegiado durante assembleia.
O Conselho de Administração da estatal vai se reunir na próxima segunda-feira para analisar os nomes e marcar a assembleia de acionistas. Pelas regras, é preciso um período mínimo de 30 dias para convocar os acionistas.
No parecer do Cope/Celeg, Gileno Gurjão Barreto, indicado ao cargo de presidente do Conselho de Administração, recebeu parecer favorável. Porém, o Comitê, acatando as sugestões de medidas mitigatórias indicadas pela Diretoria de Governança e Conformidade, recomendou que ele se abstenha formalmente de praticar qualquer ato, no âmbito do Serviço Federal de Processamento de Dados (Serpro), que esteja relacionado aos interesses da Petrobras.
Edison Antônio Costa Britto Garcia também recebeu aval positivo. Mas o Celeg recomendou que a área jurídica da Petrobras realize o acompanhamento “dos três processos, todos de natureza administrativa, nos quais o indicado figura como parte, devendo reportar semestralmente à Conformidade o andamento”.
Conselheiro indicado tem 24 processos
Iêda Aparecida de Moura Cagni também recebeu aval, mas não poderá praticar qualquer ato, no âmbito do Conselho de Administração da Petrobras, que esteja relacionado aos interesses do Banco do Brasil.
Márcio Andrade Weber, atual presidente do Conselho de Administração da estatal, recebeu aval positivo do Celg. O Comitê recomendou que sua M. Weber Consultoria em Petróleo e Gás Participações Ltda e a empresa Construtora Guida se abstenham formalmente de prestar serviços à Petrobras e suas participações societárias.
Ruy Flaks Schneider, atual conselheiro da companhia, também atende ao requisitos para disputar sua recondução. Também foi recomendado que a Schneider & Cia Consultoria Empresarial e Participações se abstenha formalmente de prestar serviços à Petrobras. Além disso, o Cope/Celeg recomendou que a área jurídica realize o acompanhamento dos sete processos envolvendo o indicado.
O Cope/Celeg também analisou os indicados pelos minoritários. José João Abdalla Filho, que já é conselheiro, preenche os requisitos, segundo o parecer. Recomendou ainda acompanhamento dos 24 processos envolvendo o banqueiro.
Marcelo Gasparino da Silva, que já é conselheiro, também teve aval positivo do Comitê, que pediu o acompanhamento de sete processos envolvendo o executivo.
Cope critica indicados
O Cope/Celeg destacou que as candidaturas propostas pelo acionista controlador e por acionistas minoritários “não observaram os critérios de diversidade de formação acadêmica e de experiência profissional esperados para a composição de um Conselho de Administração eficiente”.
O Comitê pediu ainda que Diretor Executivo de Conformidade e Governança “permanentemente diligencie pela adequação e observância de todos requisitos aplicáveis para os administradores da companhia”.
Fonte: IG ECONOMIA


Economia
De volta ao Mapa da Fome, prato brasileiro tem ossos e subprodutos


Sem pedir licença, a fome bate à porta dos brasileiros . Com 58,7% da população sem ter certeza se terá o que comer diariamente no país, a subalimentação é uma triste realidade. Poderia ser fake news, no entanto, a viralização de imagens nas redes sociais dos chamados subprodutos alimentícios, como soro de leite, pele de frango, osso bovino e carcaça de peixe, revela o deficitário cardápio na mesa de milhões de famílias.
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De volta ao Mapa da Fome da Organização das Nações Unidas (ONU) desde 2018, o país viu a situação se agravar desde então. O povo, sufocado pelo desemprego e a alta dos preços nas prateleiras dos mercados, tem enfrentado como pode a quadro de insegurança alimentar.
Diante da inflação de produtos alimentícios, também impactados pelo excesso de chuvas em muitas regiões do país, o consumo de “subalimentos” passou a ser um risco na dieta de milhões de brasileiros. A escolha liga o sinal de alerta, como enfatiza a nutricionista Mildre Souza.
“O uso de subprodutos alimentícios pode comprometer a saúde pelo simples fato de não conter o mesmo valor nutricional do alimento de origem. Em 100ml de leite de vaca obtemos em média 3 gramas de proteína. O soro do leite, na mesma quantidade, tem somente 0,6g. Esse é um exemplo de apenas um nutriente dentro de conjunto de macro de nutrientes, compostos ativos, fitoquímicos e outras substâncias envolvidas”, Explica Mildre.
Divulgada no início de agosto, uma pesquisa do Instituto Datafolha revelou que, com a alta do preço do leite, 23% dos brasileiros trocaram o produto por soro de leite. O consumo de sobras de frango e carne, como pele e osso, faz parte da realidade de 20% dos entrevistados. Com o orçamento curto, a população, em especial as crianças, está sujeita às consequências da alimentação deficitária no futuro.
“Essa deficiência pode comprometer o desenvolvimento ponderal e cognitivo em crianças. Em adultos e idosos pode resultar num desequilíbrio proteico na alimentação diária. O desequilíbrio nutricional desses novos alimentos trará, a médio e longo prazo, o aparecimento de desnutrição proteica, dislipdemias (excesso de gordura no sangue), deficiência de micronutrientes (vitaminas e minerais), por exemplo”, explica a nutricionista.
Com os políticos voltados para o próximo ciclo eleitoral, o setor econômico ainda não sentiu o impacto do chamado “Pacote de Bondades”, puxado pelo Auxílio-Brasil, com o valor de R$ 600 garantidos até dezembro. Enquanto isso, o brasileiro se vira como pode ou com quanto o bolso pode pagar. Um levantamento feito pelo Horus Inteligência de Mercado revelou que o consumo de alimentos processados, como biscoitos e salgadinhos, têm ganhado o lugar de frutas, legumes e verduras nos carrinhos dos consumidores.
“Com a disparada da inflação e o menor poder de compra do brasileiro, supermercados (principalmente em periferias) passaram a comercializar subprodutos como uma medida para que as pessoas consigam se alimentar. É uma triste realidade, mas nem todos neste momento conseguem manter o padrão de vida básico para subsistência”, avalia o Marlon Glaciano, especialista em finanças e economia doméstica.
Para combater o cenário de alta de preços, Glaciano recomenda possíveis soluções para conciliar o dinheiro curto com uma alimentação minimamente equilibrada. O horário de descarte, geralmente no fim das feiras livres, conhecido como “xepa”, é um bom momento para comprar frutas, legumes e verduras. A troca da carne vermelha por frango e ovos é uma forma de não abrir mão da proteína na dieta. Mesmo assim, a pesquisa de preços em mercados e feiras livres é fundamental para economizar e garantir uma alimentação digna e saudável.
Fonte: IG ECONOMIA
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