Economia
Mercosul reduz TEC e Brasil fecha acordo com Singapura


O Mercosul anunciará nesta quinta-feira (21) a homologação da redução das alíquotas de importação no comércio com terceiros países fora do bloco, na chamada tarifa externa comum (TEC) .
Será feita uma redução horizontal de 10% da TEC em todo o bloco, além da autorização para o Brasil manter a sua redação de mais 10% até dezembro de 2023. Assim, o país tem autorização para manter uma redução de 20% da TEC. O país havia reduzido suas tarifas à revelia do bloco.
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A homologação da diminuição no Brasil e países é vista como uma medida para reduzir a inflação.
A medida, defendida pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, será a primeira revisão horizontal da estrutura tarifária do bloco e deve ser anunciada no balanço do encontro da 60ª Cúpula de Chefes de Estado do Mercosul. A TEC tem a mesma estrutura desde 1995.
Segundo técnicos do Ministério da Economia, a medida aproxima níveis tarifários praticados pelo bloco da média aplicada internacionalmente e “reforça o processo de modernização e inserção econômica internacional do Brasil”.
A redução vale para 87% do universo tarifário e cada país pode promover a diminuição domesticamente de maneira flexível, até 2025. Serão resguardadas as exceções já existentes no bloco — têxteis, calçados, brinquedos, lácteos e parte do setor automotivo.
A Secretaria de Comércio Exterior estima que a medida terá impacto positivo no PIB brasileiro de R$ 533 bilhões “no longo prazo”. Técnicos da secretaria projetam ganhos de R$ 366 bilhões em investimentos e aumento na corrente de comércio do Brasil de R$ 1,4 trilhão. Estima-se, ainda, redução de até 1% no nível geral de preços ao consumidor e aumento no salário real no Brasil.
O Mercosul também concluiu o Acordo de Livre Comércio do Mercosul com Singapura, um dos principais tratados do tipo em negociação pelo bloco que inclui Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai.
As tratativas entre o Mercosul e Singapura começaram em 2018. Por se tratar de um entreposto importante para o comércio no Sudeste Asiático, Singapura é o sexto principal destino das exportações brasileiras, com US$ 939,360 milhões em embarques em junho, ou 2,88% do total vendido pelo país.
“Primeiro do gênero do Mercosul com um país da Ásia, o acordo é moderno, abrangente e inovador. Contribuirá para atrair investimentos para a região, inserir o Brasil nas cadeias globais de valor e estreitar as relações com uma das regiões mais dinâmicas do mundo. Insere-se no processo de aproximação gradual do Brasil com o continente asiático, prioritário para a política externa e econômica do país”, diz nota conjunta do Ministério da Economia e do Itamaraty.
O governo afirma que o acordo dá continuidade ao processo de expansão da rede de acordos comerciais do Mercosul e conta com ampla gama de disciplinas. Cobre temas tarifários e regulatórios, como serviços, investimentos, compras governamentais, propriedade intelectual, medidas sanitárias e fitossanitárias e defesa comercial. Prevê, ainda, compromissos em serviços postais, serviços financeiros e movimento de pessoas.
Segundo estimativas do Ministério da Economia, o acordo poderá representar um incremento de R$ 28,1 bilhões no PIB brasileiro, considerando os valores acumulados entre 2022 e 2041. Para o mesmo período, estima-se um aumento de R$ 11,1 bilhões nos investimentos, R$ 21,2 bilhões nas exportações brasileiras para aquele país e R$ 27,9 bilhões nas importações.
A corrente de comércio de bens entre Brasil e Singapura totalizou US$ 6,7 bilhões em 2021, posicionando o país como o 6º principal destino das exportações brasileiras de bens e a 43ª origem das importações realizadas pelo Brasil. No primeiro semestre de 2022, Singapura foi o 15º maior parceiro comercial brasileiro.
A reunião de ministros da Economia e presidentes de Bancos Centrais dos países do bloco está sendo realizada em 20 e 21 de julho, no Paraguai. O presidente Jair Bolsonaro (PL) participará de Brasília, por videoconferência, na quinta-feira.
Fonte: IG ECONOMIA


Economia
Parceria promete delivery em comunidades excluídas por grandes apps


A Bdoo e a naPorta, duas startups nacionais, pretendem trazer para o mercado de delivery uma parceria que terá como foco lugares nos quais os aplicativos de delivery não entregam – o projeto trará o serviço para dentro de comunidades nas quais os apps convencionais não atuam.
Grande parte dos empreendedores dentro das favelas dependem principalmente do telefone e do WhatsApp para realizarem os pedidos em delivery. Sem a possibilidade de uma rede de entrega rápida e fácil, os empresários Denis Lopardo, fundador da marca e Sanderson Pajeú, CEO do naPorta, enxergaram uma possibilidade pouco explorada no mercado.
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O interesse pela área não deixa de ter embasamento antes de ser lançado: o Data Favela em parceria com a Cufa e o Instituto Locomotiva mostra que existem mais de 15 mil comércios mapeados com CNPJ. Com mais de 13 mil favelas no Brasil, 5 milhões de domicílios e mais de 17,1 milhões de moradores, o mercado dentro das comunidades é cercado de preconceitos e vista grossa por empresários de fora das favelas.
Quando ampliado, o projeto fará com que as empresas que quiserem se inscrever no serviço estejam isentas de taxa de serviço, e os entregadores contratados como MEIs terão pagamento por entrega duas vezes maior do que a média do mercado de entregas. Como muitos dos entregadores moram justamente nas regiões onde diversos aplicativos de delivery tradicionais não atuam, a parceria entende que tais funcionários terão rotinas menores e gastarão menos tempo e dinheiro com locomoção.
“O dono do estabelecimento tem dois grandes problemas: é muito caro ter uma logística […] e o outro problema é que muitas vezes a comida começa a empilhar e o empreendedor não consegue fazer todas as entregas”, explica Denis. A ideia do projeto é simplificar os processos dos pedidos para os empreendedores e trazer agilidade para os donos das marcas e para os consumidores.
Já para Sanderson, outra preocupação importante para a fundação do empreendimento é trazer a entrega que, muitas vezes, fica parada nos Correios. “Eu venho de uma periferia de São Paulo, e muitas vezes tive que ir ao Correio para conseguir pegar uma compra que fiz, porque eu tenho que pagar o frete e ainda assim ir pegar no correio?”, questiona.
O naPorta já opera sozinha como serviço de logística em algumas comunidades cariocas e paulistanas, e a expansão para algumas paulistanas já está nos planejamentos da marca.
O projeto tem data inicial para o lancaçamento marcado para esta segunda-feira, 15 de agosto, na favela Rio das Pedras, no Rio de Janeiro. Até o final de 2022, as empresas têm como alvo outras 10 favelas no Rio de Janeiro e em São Paulo. A visão da parceria é algum dia chegar também a comunidades ribeirinhas e áreas de difícil acesso, a partir da expansão do negócio.
Fonte: IG ECONOMIA
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