Política
Dr. Thiago e Dr. Luciano juntos novamente para derrotar Ferraço

100% Itapemirim
Postagem de Dr. Luciano em sua página de facebook mostra que ele e Dr. Thiago Peçanha estão juntos outra vez
Por Ilauro Oliveira | 27.06.2019
Uma postagem do prefeito afastado de Itapemirim, Dr. Luciano (PROS), na sua página de Facebook, na noite desta quarta-feira (26), evidenciou um tema que vinha sendo comentado apenas em bastidor: a reaproximação política dele com o prefeito em exercício Dr. Thiago Peçanha (PSDB).
E mais evidente que a foto postada, que fala por si, também foi a frase de Dr. Luciano. Nela há um recado claro ao grupo político comandado pelo deputado estadual Theodorico Ferraço (DEM), embora ele não seja citado.
“Família sempre fica junto! Todos juntos para continuar lutando por 100% Itapemirim.#abaixocoronelismo”.
O recado “lutando por 100% Itapemirim” tem endereço certo, uma vez que desde a primeira vitória de Dr. Luciano sobre o grupo ferracista em 2012, essa frase era a utilizada nos comícios e nas caminhadas políticas.
O objetivo era mobilizar os eleitores a não votarem no candidato Estevão Machado (MDB), apoiado por Ferraço, sob pretexto de que, uma vez no poder, o grupo lotaria a prefeitura de “estrangeiros”, notadamente pessoas de Cachoeiro de Itapemirim. O sentimento bairrista funcionou e a frase caracterizou a campanha.
No embate de 2012, Dr. Luciano obteve 10.357 votos e venceu o grupo de Theodorico Ferraço que obteve 10.227 votos. A vitória, que fora apertada nesse pleito, foi ampliada, e muito, em 2016. Agora a candidata do grupo ferracista era a própria companheira de Ferraço, a ex-prefeita Norma Ayub (DEM). Dr. Luciano obteve 15.941 votos contra 6.874 votos dela. Ali, mais uma vez, a frase “100% Itapemirim” era destaque.
Eleito junto com Dr. Luciano, Dr. Thiago Peçanha não sabia que o destino lhe reservaria a cadeira de prefeito. Após afastamento do titular, pela Justiça do Espírito Santo, o então vice-prefeito assume e pouco depois acaba rompendo politicamente com o grupo que o colocou no poder. O afastamento seguiu por anos.
Mas, agora, o rompimento entre ambos chegou ao fim. A postagem de Dr. Luciano deixa claro que os dois seguirão juntos novamente rumo às urnas para frear as movimentações políticas de Ferraço, que ensaia colocar sua companheira e agora deputada federal, Norma Ayub, na disputa municipal.
Dr. Thiago, que já comprou briga pública com Theodorico Ferraço recentemente, é provável candidato à reeleição. E a novidade nesse projeto é a possibilidade real de ter o apoio de Dr. Luciano, seu companheiro de chapa em 2016.


Política
Cultura conhece livro sobre Cotaxé

A Comissão de Cultura conheceu na reunião desta segunda-feira (8) o livro “Palavras do Cotaxé”, apresentado pelo organizador da obra, Vander Costa. Lançado em 2021, o material reúne relatos de 36 pessoas que participaram de seminários realizados nesse distrito de Ecoporanga, entre 2013 e 2017, sobre os registros históricos locais e outros assuntos relacionados à luta pela terra.
Álbum de fotos da reunião da Comissão de Cultura
Muitos dos temas abordados na obra têm relação com a resistência de camponeses locais que se uniram para enfrentar a repressão e armados defenderam as suas posses, analisou Vander. Segundo ele, esse episódio é pouco conhecido. “A gente sentia que era uma história pouco contada e queria levar para mais gente”, contou.
Sobre esses conflitos, Vander revelou que o livro apresenta novas narrativas, diferentes do entendimento histórico tradicional. “O que tem mais impacto é justamente essa coisa de ter sido colocado em questão o Estado União de Jeovah”, revela. Além disso, “ninguém falava que o Udelino era negro”, completa o organizador, ao analisar a importância dessa liderança para o movimento negro.
O baiano Udelino Alves de Matos foi a autoridade político-religiosa responsável pela criação do Estado União de Jeovah, segundo os registros históricos conhecidos, nos anos de 1952 e 1953. O movimento não tinha autorização legal e envolveu a região do Contestado, área de 10 mil km² entre Minas Gerais e Espírito Santo reivindicada por esses dois estados.
Segundo Vander, havia necessidade dos interessados em ocupar as terras dos camponeses e posseiros e reprimir o movimento de Udelino. “Mas você tinha que criar uma narrativa que justificasse isso. Então você tinha que falar que o Udelino não respeitava um pacto federativo porque queria criar um novo estado naquela região”, afirmou.
No entanto, nas palavras dele, “muito material” mostra que não é possível obter informação das pessoas falando do Estado União de Jeovah, inclusive o próprio Udelinio.
Embora a questão histórica tenha destaque na obra, ela não fica restrita a esse tema. “A ideia é que as pessoas falassem da sua experiência (nos seminários). Então alguns vão falar das palestras, outros das atividades culturais, outros vão falar da beleza natural”, explica Vander.
A presidente da Comissão de Cultura, deputada Iriny Lopes (PT), colocou o colegiado à disposição para a divulgação de trabalhos relacionados a Cotaxé na Assembleia Legislativa (Ales) e sugeriu que filhos e netos dos que vivenciaram o conflito também possam dar seus depoimentos na comissão.
Fonte: Assembléia Legislativa do ES
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