Curiosidade

Dia do Boi: quais municípios capixabas têm mais boi do que gente?

O Brasil tem mais de 220 milhões de bovinos, sendo o País com o maior rebanho do mundo. Para destacar a importância e a imponência do setor, a pecuária brasileira comemora, em 24 de abril, o Dia Nacional do Boi. O Espírito Santo tem, aproximadamente, 2,2 milhões cabeças de gado. E um fato curioso: no território capixaba há 38 municípios capixabas que têm mais bois do que pessoas.

A informação foi apurada pela Gerência de Dados e Análises da Secretaria da Agricultura, Abastecimento, Aquicultura e Pesca (Seag), a partir de dados originais do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). De acordo com a avaliação, a importância da bovinocultura para a economia rural capixaba está presente em todo o Estado, principalmente nas regiões norte e noroeste, locais em que a atividade é uma das principais fontes de renda das famílias.

“O Espírito Santo tem mostrado sua força na pecuária e, atualmente, desponta na qualidade da carne bovina produzida. Contamos com um rebanho expressivo em vários municípios espalhados pelas diversas regiões e, por isso, temos empregado esforços para levar a atuação do Governo a todos os cantos do Estado. Nossas políticas públicas voltadas ao fortalecimento da produção leiteira e de corte estão alinhadas à realidade dos produtores e às vocações do campo capixaba”, afirma o secretário de Estado da Agricultura, Enio Bergoli.

Prova dessa qualidade foi a conquista, no ano passado, pela Fazenda Paraíso Heringer, localizada em Vila Velha, da medalha de ouro internacional de melhor lote de carcaças de machos do Circuito Nelore de Qualidade. A premiação foi promovida pela Associação dos Criadores de Nelore do Brasil (ACNB), na cidade de São Paulo, em que participaram criadores de todos os países do Mercosul.

O município com a maior relação “boi por pessoa” é Mucurici, no extremo norte do Estado, onde há 16 bovinos para cada morador. Já Ecoporanga lidera em número absoluto de bovinos, contabilizando mais de 226 mil cabeças de gado para uma população de pouco menos de 22 mil pessoas (uma proporção de 10 bois por habitante). Esses números colocam os municípios como referências na produção pecuária, contribuindo significativamente com o abastecimento de carne e leite em todo o Estado.

“A predominância do gado nessas localidades se deve a uma combinação de fatores: grandes extensões de pastagens, desafios climáticos, tradições familiares no campo para essa atividade e programas estaduais de incentivo à agropecuária”, declarou o coordenador de Pecuária da Seag, Filipe Barbosa Martins.

Municípios como Ponto Belo, Montanha e Presidente Kennedy também aparecem no ranking, com proporções que variam entre 5 e 7 bois por pessoa. Apesar do tom curioso da estatística, os dados revelam um panorama estratégico para o desenvolvimento rural. A bovinocultura impacta diretamente a geração de empregos no campo, o transporte rural, a cadeia de laticínios e a arrecadação municipal.

Investimento na pecuária

O Governo do Estado, por meio da Seag, tem trabalhado para garantir maior eficiência produtiva, sanidade animal e apoio técnico aos pequenos e médios produtores rurais. Uma das principais estratégias é o Programa de Desenvolvimento Sustentável da Cadeia do Leite, anunciado em 2023 pelo governador do Estado, Renato Casagrande. Entre as ações desenvolvidas, estão a entrega de doses de sêmen de touros para produtores rurais e o repasse de ensacadoras de silagem para uso coletivo em associações e cooperativas.

Já foram distribuídas mais de 10 mil doses de sêmen de alto padrão genético para beneficiar mais de 300 pecuaristas. A seleção dos produtores é realizada por extensionistas locais, que avaliam a estrutura da propriedade, a sanidade e a alimentação dos animais, além da capacidade técnica de realizar a inseminação artificial.

O investimento do Governo do Estado também passa pelas entregas de ensacadoras de forragem para atender coletivamente criadores de gado. As máquinas são fundamentais para embalar e armazenar corretamente o alimento, que será usado para a nutrição do gado nos períodos de seca.

Em 2025, o Governo do Estado está investindo o total de R$ 392 mil na aquisição de 70 máquinas, que já começaram a ser distribuídas nas diversas regiões capixabas, com 40 unidades já repassadas a pecuaristas do sul capixaba. Já no ano passado, foram adquiridas outras 40 ensacadoras com investimento de R$ 280 mil, beneficiando 30 municípios capixabas

Outra ação importante neste setor foi a realização do Encontro de Integração da Genética Bovina Capixaba, em agosto de 2024, com a participação de pecuaristas de todo o território capixaba. Os produtores se reuniram na Fazenda Paraíso, em Vila Velha, para discutir e se informar a respeito dos desafios e oportunidades da atividade no Brasil e no Espírito Santo.

A meta é tornar o Estado uma referência nacional em qualidade, com maior rentabilidade para os produtores, e também atingir os 700 milhões de litros de leite produzidos até 2032, quase o dobro do que é registrado atualmente a cada ano, de acordo com o que está previsto pelo Plano Estratégico de Desenvolvimento da Agricultura Capixaba (Pedeag).

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