Economia
Defasagem na tabela do IR causou prejuízo de R$ 90 bi à classe média


Um levantamento realizado pelo Conselho Regional de Contabilidade do Rio de Janeiro (CRCRJ), aponta que a defasagem na tabela do Imposto de Renda (IR) já causou prejuízo de R$ 90 bi à classe média. Se a tabela tivesse sido atualizada pelo IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), considerado a inflação oficial do país, desde abril de 2015, um contribuinte com renda mensal de três salários mínimos teria recebido cerca de R$ 2.600 a mais entre 2016 e 2021.
O congelamento da faixa de isenção do IR é um dos principais agravantes que incide na renda da classe trabalhadora assalariada. Em 2023, o salário mínimo será de R$1.294,00. Neste caso, quem ganha um salário mínimo e meio passará a pagar R$ 4,57 de impostos descontados direto na folha .
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Para amenizar o quadro, projetos de lei que tramitam no Senado preveem a correção da tabela do IRPF e o aumento da faixa de isenção. Entre as propostas, está a que determina que a Lei de Diretrizes Orçamentárias deverá conter previsão de atualização da tabela progressiva mensal do IR incidente sobre os rendimentos de pessoa física, pela variação acumulada no ano anterior do índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).
Também há a proposta de reajuste anual da tabela, conforme a variação apurada no ano calendário precedente do IPCA. Ambos projetos estão em análise na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE).
“É urgente que a correção da tabela do Imposto de Renda aconteça, para que haja o aumento da faixa de isenção. Esse cenário, além de agravar a desigualdade, afeta o poder de compra e a economia como um todo”, declara o presidente do Conselho Regional de Contabilidade do Rio de Janeiro, Samir Nehme.
O presidente Jair Bolsonaro prometeu, durante a campanha à eleição em 2018 reajustar a tabela, mas passará para a história como o primeiro presidente do país que não corrigiu os valores.
Quanto custa o congelamento da tabela no bolso do brasileiro?
De acordo com o levantamento do CRCRJ, os contribuintes que seriam beneficiados com as novas diretrizes da isenção do imposto de renda, não só continuaram pagando, como o desconto mensal do IR foi de 222 reais (em 2018) para 464 reais (em 2022), um rombo no orçamento.
Veja abaixo quanto pagam por mês os contribuintes que deveriam estar isentos do imposto:
- Contribuintes com três salários mínimos – Desconto do IR era de R$ 29/mês (2018) e passou para R$ 82/mês (2022) reais;
- Contribuintes com quatro salários mínimos – Desconto do IR era de R$ 103/mês (2018) e passou para R$ 237/mês (2022) reais;
- Contribuintes com cinco salários mínimos – Desconto do IR era de R$ 222/mês (2018) e passou para R$ 464/mês (2022) reais.
Fonte: IG ECONOMIA


Economia
Eletrobras reduz lucro em 45% após investimento em Furnas


A Eletrobras obteve lucro líquido de R$ 1,401 bilhão no segundo trimestre do ano , queda de 45% na comparação com o mesmo período de 2021. No acumulado do ano até junho, o lucro da companhia caiu 1%, para R$ 4,117 bilhões.
Segundo a estatal, o resultado foi impactado negativamente pela provisão para perdas em investimentos no montante de R$ 890 milhões, em função, principalmente, do aporte de capital realizado por Furnas na SPE Santo Antônio Energia.
No trimestre também pesou o registro de R$ 694 milhões em Provisão para Crédito de Liquidações Duvidosas (PCLD) relativo à inadimplência da distribuidora Amazonas Energia.
A receita operacional líquida atingiu R$ 8,856 bilhões no período, 19,1% superior à observada no mesmo período do ano passado, influenciada pela melhor performance nos contratos bilaterais e pelo reajuste anual das receitas de transmissão cuja base de ativos foi ampliada no ciclo 2021/2022 pelo reperfilamento da Rede Básica Sistema Existente (RBSE).
De janeiro a junho, o lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) ajustado somou R$ 4,861 bilhões, alta de 6% em comparação com igual intervalo do ano anterior. Considerando os seis primeiros meses de 2022, o Ebitda ajustado aumentou 5% para R$ 9,791 bilhões. A margem Ebitda ajustada do período alcançou 55%, queda de 7,08 pontos percentuais (p.p.) na base anual.
Ao final do trimestre, a dívida líquida recorrente da Eletrobras era de R$ 15,142 bilhões, 11% menor que no mesmo intervalo do ano anterior. A alavancagem, medida pela relação dívida líquida por Ebitda LTM ajustado, alcançou 0,7 vez no trimestre, queda de 24% na base anual.
Os investimentos da Eletrobras no trimestre totalizaram R$ 2,548 bilhões, crescimento de 159% em base anual de comparação. No semestre os investimentos avançaram 103%, para R$ 3,050 bilhões.
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Fonte: IG ECONOMIA
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