Economia
Conselheira diz ser ‘indefensável’ dividendos de R$ 87 bi da Petrobras


A representante dos empregados da Petrobras no Conselho de Administração da companhia, Rosangela Buzanelli, classificou como “indefensável” o volume aprovado pelo board a ser pago como dividendos. Ao todo, a estatal vai distribuir R$ 87,8 bilhões a seus acionistas referentes aos resultados financeiros recordes do segundo trimestre. Do total, R$ 32,1 bilhões ficarão com a União.
A conselheira votou contra o pagamento recorde. Em sua página na internet, contudo, explicou que não é contrária à distribuição de dividendos, mas não está de acordo com o volume aprovado pelo colegiado no último dia 28. “Não sou contra o pagamento de dividendos. Uma empresa de economia mista, mesmo que estatal, deve pagá-los a seus investidores”, ponderou ela.
“O que considero indefensável é o volume pago. Uma quantia que ultrapassou em muito o lucro líquido da companhia, enquanto os níveis de investimento previstos nos planos quinquenais da Petrobras estão nos menores patamares desde 2007, se comparados em real. Se convertermos em dólar, são os menores desde 2004”, afirmou.
O comentário foi também publicado na página de Rosangela no Instagram:
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A reportagem já mostrou como as sucessivas trocas no comando da estatal vêm desacelerando a tomada de decisões e fazendo minguar investimentos a cada novo plano de negócios da Petrobras.
A Petrobras, assim como outras estatais, foi pressionada pelo governo a antecipar seus dividendos como forma de quitar a conta gerada pela proposta de emenda à Constituição (PEC) eleitoral, que elevou o valor pago pelo Auxílio Brasil a R$ 600, além de benefícios a caminhoneiros e outros.
No primeiro semestre como um todo, a União vai embolsar R$ 50 bilhões em dividendos gerados pela petroleira.
Na avaliação de Rosangela, o “mais justo e sensato” seria a companhia fazer o pagamento regular mínimo dos dividendos, “incrementando a reserva de lucros par ampliar significativamente os investimentos e recomprar ações da companhia.
Fonte: IG ECONOMIA


Economia
Dia dos Pais: inflação dos presentes quase dobra em um ano, aponta FGV


Levantamento realizado a partir de 30 produtos e serviços do Índice de Preços ao Consumidor (IPC-DI/FGV IBRE) indicou que os presentes e os serviços mais procurados para o Dia dos Pais subiram em média 12,21%, nos últimos 12 meses. O percentual ficou bem acima da inflação apurada para o mesmo período, que foi de 7,99%, após a deflação recorde apurada pelo IPC-DI para julho (-1,19%). No mesmo período do ano passado, essa mesma cesta acumulava aumento de 6,76%, abaixo da inflação geral daquele momento, que estava em 8,75%.
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O pesquisador do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV IBRE), Matheus Peçanha, responsável pelo levantamento, salientou essa aparente contradição entre a deflação mensal do índice e os preços crescentes da cesta : “Essa deflação de julho foi extremamente focada em itens bem específicos, principalmente combustíveis e energia, mas o índice de difusão (percentual de itens que subiram de preço) ainda continua acima de 60%, mostrando que a pressão inflacionária ainda está presente e disseminada. Dentro dos itens desta cesta de Dia dos Pais, por exemplo, apenas oito dos 30 itens tiveram queda de preço em julho, dentre eles, ironicamente, as passagens aéreas.”
A ironia a que se refere o pesquisador reside no fato de que a pesquisa também mostrou que a inflação dos serviços teve a maior contribuição na cesta, subindo 19,82%. E essa alta foi puxada pelas passagens aéreas, cujos preços avançaram 72,78% nos últimos 12 meses. “O fim da temporada de férias aliado à redução nos custos do QAV e do GAV (combustíveis das aeronaves) proporcionaram uma deflação de quase 20% nas passagens aéreas em julho, mas ainda não é o suficiente para compensar a alta acumulada que estava em mais de 100% no mês anterior”, comenta Peçanha. Também na cesta de serviços, o fim das restrições sanitárias permitiu o reajuste desses itens com o retorno da demanda, de modo que hotéis (9,64%), restaurantes (8,99%), e cinemas (8,65%) tiveram aumentos significativos. Em menor nível, excursões e tours (6,09%), teatros (3,79%) e shows musicais (0,13%) também sofreram alta.
Pelo lado dos produtos mais comumente escolhidos como presente, a cesta de 23 bens duráveis e semiduráveis teve um aumento médio de 6,72%. As principais altas vieram do setor têxtil: roupas masculinas (12,69%), calçados masculinos (12,34%), cintos e bolsas (9,48%) e roupas de cama, mesa e banho (9,44%). A alta do algodão na esteira da crise das cadeias globais de valor ao longo desse último ano foi a principal causa desses aumentos.
Outras altas notáveis na cesta foram registradas em material para reparos de residência (11,08%), móveis para residência (10,49%), geladeiras e freezers (9,06%) e ar-condicionado (8,13%).
Var.% acumulada em 12 meses
Itens selecionados Ago/21 a Jul/22 Ago/20 a Jul/21
- PASSAGEM AÉREA 72,78 64,73
- HOTEL 9,64 0,19
- RESTAURANTES 8,99 4,49
- CINEMA 8,65 0,00
- EXCURSÃO E TOUR 6,09 1,05
- TEATRO 3,79 0,00
- SHOW MUSICAL 0,13 0,00
- ROUPAS MASCULINAS 12,69 2,76
- CALÇADOS MASCULINOS 12,34 4,23
- MATERIAL PARA REPAROS DE RESIDÊNCIA 11,08 12,60
- MÓVEIS PARA RESIDÊNCIA 10,49 5,06
- CINTO E BOLSA 9,48 1,12
- ROUPAS DE CAMA, MESA E BANHO 9,44 8,18
- GELADEIRA E FREEZER 9,06 5,96
- AR CONDICIONADO 8,13 4,60
- MÁQUINA DE LAVAR ROUPAS 7,21 5,71
- FORNO ELÉTRICO E DE MICRO-ONDAS 6,27 5,45
- VENTILADOR E CIRCULADOR DE AR 4,85 5,17
- DESODORANTE 4,21 3,66
- PRODUTOS PARA BARBA 3,92 5,74
- RELÓGIO 3,75 -0,24
- FOGÃO 3,66 -1,79
- APARELHO DE TV 3,65 6,74
- LIVROS NÃO DIDÁTICOS 2,73 -0,95
- BICICLETA 2,51 6,35
- COMPUTADOR E PERIFÉRICOS 2,12 3,24
- APARELHO TELEFÔNICO CELULAR 1,30 -1,21
- APARELHO DE SOM 1,06 2,43
- ARTIGOS ESPORTIVOS 0,16 1,90
- PERFUME -0,68 3,61
Fonte: IG ECONOMIA
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