Thiago Neves, o garoto prodígio do PSB

De 414 votos nas eleições de 2020, o garoto prodígio do PSB Thiago Neves triplicou sua votação nestas eleições, indo a 1276 votos e sendo um dos 19 vereadores eleitos em Cachoeiro. Mas não foi por acaso sua surpreendente ascensão eleitoral na segunda disputa, aos 30 anos. Thiago é tratado como joia rara do partido e por isso foi recebido semana passada no Palácio Anchieta pelo governador Renato Casagrande, liderança maior do seu partido no Espírito Santo. Falaram de política e de futuro. Aliás, ele é o mais novo entre os eleitos cachoeirenses. Ativista social, Neves é reconhecido internamente como acima da média quando o assunto é falar de política com os jovens de Cachoeiro, notadamente com os da periferia da cidade. Até antes da disputa eleitoral, ele atuava no CRJ (Centro de Referência das Juventudes) no bairro Rubem Braga, programa criado pelo Governo do Estado. Agora como vereador eleito, deve se tornar a voz ativa do PSB na Câmara ao lado dos outros dois vereadores do partido, mas com o diferencial de ser um membro raiz, característica que não se aplica aos colegas, já que eles passaram por outras siglas. Thiago Neves nasceu e se criou no PSB, o que não lhe faz melhor nem pior que os demais, mas trata-se de um diferencial que será levado em conta pelas fileiras da sigla nos seus posicionamentos dentro da Câmara de Vereadores. É para isso e por isso que teve ajuda substancial de gente forte e de representatividade do campo progressista. Alias, Thiago Neves é social democrata. Sua formação política e o ambiente em que se fortaleceu enquanto liderança jovem lhe mostraram que seus posicionamentos devem estar alinhados com pautas progressistas e sociais focadas principalmente na juventude dos bairros mais carentes de Cachoeiro. Cristão, genro de pastor, criado dentro da igreja, Thiago Neves deverá se policiar para dizer não ao radicalismo, exercendo a tolerância para ouvir os contrários e evitar caminhos enviesados que não constroem políticas públicas melhores aos que precisam. Vai precisar de orientação, mas sem se contaminar com possíveis desejos de outrem que poderão querer usá-lo para o lado ruim da política. Terá de saber discernir o joio do trigo como ensinou o rei dos reis. De Thiago Neves é esperado um comportamento político de independência em relação ao futuro prefeito, sem que com isso busque atrapalhar as boas práticas que possam sair do Palácio Bernardino Monteiro em direção ao povo. Porém, sem a submissão característica daquela Casa de Leis. Assim desejam seus eleitores. Vejamos.

Timá, uma lenda de votos e humildade em Presidente Kennedy

Ele é um líder nato, forjado entre as areias de Marobá, onde vive, e os campos agricultáveis de Presidente Kennedy. Conhece a história do seu povo como poucos e é em favor dele que frequenta a Câmara de Vereadores desde 2005. Quer conhecer Timá? É fácil. Pergunte aos cidadãos kennedenses. Eles sabem como ninguém sobre o filho de seu Cícero Batista, que também já foi vereador duas vezes na década de 70. Aliás, foi seguindo os passos do velho pai que adquiriu maturidade e força política para estar no mais alto degrau da prateleira dos grandes nomes da cidade. Vai para o seu sexto mandato, ininterruptamente, como se fosse o primeiro: com simplicidade e disposição para dar o seu melhor. A espetacular marca de 939 votos nesse último pleito de 6 de outubro merece análise aprofundada em nível nacional, porque proporcionalmente deve ter sido o vereador mais votado do Brasil: quase 9% dos votos válidos do município. Em Presidente Kennedy vai demorar para alguém superar esse recorde de votos e de humildade, porque seu Jacimar Marvila Batista já abandonou há tempos seu nome de registro para se tornar apenas o Timá do povo. Alcunha dada pelos seus eleitores de mais de duas décadas que confiam no seu trabalho e o tornaram imbatível nas urnas. Presidente de Câmara várias vezes, tem contribuído para a governabilidade do Executivo sem abdicar das responsabilidades públicas. Se sua cidade tem evoluído administrativamente, esse desenvolvimento social e econômico passa obrigatoriamente pelas mãos simples desse homem que é a cara do povo do seu lugar.   Timá tem olhos claros e profundos com os quais enxerga um futuro promissor para Presidente Kennedy. É o olhar de quem ama sua terra e trabalha por ela, como os lavradores do interior ou como os pescadores do seu litoral. Suas mãos de artesão político lapidam o futuro para os que virão depois dele. Está à frente do seu tempo guiando os mais humildes para caminhos tranquilos. Por isso sua longevidade política não é em vão. Quem o elege sabe que ele é digno da confiança sublime do voto. Não são só eleitores; são amigos de tempo e de lugar, de dificuldades e de esperanças. São anônimos que sonham os mesmos sonhos e por isso elegem Timá para representá-los no grande palco da vida pública. Lugar onde só lendas com votos e humildade conseguem suplantar marcas históricas como esta que ele alcançou agora. Não é por acaso que ele tem a palavra mar no seu nome. A grandiosidade das águas salgadas em movimento representa transformações e renascimento. Timá renasce a cada 4 anos das urnas com um poder ainda maior de transformar Presidente Kennedy em um lugar melhor. E dessa vez renasceu das mãos de 939 sonhadores que querem dias melhores. Que venham então! Serão dias claros como a cor dos olhos daquele que carrega o mar no seu nome.

Geninho e Léo Pintinho, rima que deu certo em Itapemirim

Uma eleição quando concluída é apenas a ponta de um iceberg. As bases são maiores, mais profundas e representam o verdadeiro sustentáculo de um processo que se encerrou no voto, mas que começou bem antes. Por isso o bastidor é bem mais fascinante para os que se dedicam ao observatório político. Há uns dois anos Leonardo Paiva (para os mais chegados, Léo Pintinho) esteve em Cachoeiro para me falar de um tal Geninho que se estruturava para ser candidato a prefeito em Itapemirim. Geninho? Perguntei. “Sim, Geninho!”, me respondeu confiante e passando a enumerar as qualidades do jovem, até então desconhecido não só por mim, mas por todo meio político do Espírito Santo. De político mesmo Geninho só tinha o sobrenome Bechara, e ter um sobrenome desse tamanho pode trazer aceitação e rejeição também. Talvez por isso lá atrás o Leó tenha percebido que era bom não explorá-lo e assim não o fez. Geninho inicialmente era só Geninho Alves… Geninho Dentista… e depois só Geninho. Agora Geninho Prefeito. O diminutivo dos nomes Geninho e Pintinho deram rima, e se tornaram grande naquele velho sentido real de que a união faz a força. E fez, a ponto de tornar o primeiro o prefeito eleito, e o segundo, o maior articulador político de Itapemirim no momento atual.   Geninho cresceu como homem público porque teve a humildade de enxergar no seu amigo e articulador Pintinho um nome que poderia abrir a ele as portas da política do Espírito Santo. Trabalhou e confiou, como sugere a bandeira do estado. E acreditou e um jovem que amadureceu muito desde 2013 para cá. Quem conheceu Léo em 2013, como eu, época em que entramos e estivemos juntos no Governo do Dr. Luciano, repara nele um amadurecimento político que só o tempo pode fornecer. O Léo afoito de então transformou-se em um político de bastidor moderado e equilibrado, que pensa antes para falar depois, e age de acordo com a sensatez necessária para levá-lo a construções maiores.  Construção como essa do dia 6 de outubro. Não fez sozinho, claro. Mas iniciou um processo de percepção que poucos de Itapemirim tiveram. Numa peneira futebolística, poderia se dizer que ele foi o cara capaz de enxergar entre tantos jovens um que poderia ser um craque no futuro. Garimpou o talento desconhecido ao nível de transformá-lo prefeito. Dentro do processo eleitoral houve descrédito e desconfiança. Não só por conta do pré-candidato desconhecido, mas em relação ao próprio Léo, que vinha de um processo político que deu errado 2013. Numa conversa de bastidor em que participei com ele e com um também pré-candidato a prefeito, ainda em 2023, saí com uma percepção clara do encontro e que explicitei a demais interessados: Léo amadureceu. E foi isso. Casou o amadurecimento de Léo Pintinho com o carisma político do jovem Geninho que agora os fazem entrar pela porta da frente da Prefeitura de Itapemirim. O prefeito eleito tem a chance de construir uma bela carreira política se aproveitar as oportunidades; e Léo Pintinho a chance de se reencontrar com a própria história iniciada em 2013 e retomada agora, bem pelo alto, onde tremula o pavilhão vermelho e preto do clube do seu coração. Nomes de peso da política de Itapemirim foram colocados no bolso por esse novo ciclo que atropelou adversários, e firmou hastes para um tempo novo, que esperamos que se consolide, terminando com um grande processo de instabilidade no qual o município vive.            

Ferraço não vai a debate, cria fato novo e põe sua eleição em risco

Não ir a debates definitivamente não é uma boa estratégia para quem quer se eleger. Ao contrário, pode ser um tiro no pé. E no caso do candidato Theodorico Ferraço (PP), vou além: pode ter sido um erro fatal, dada a circunstância em que está disputando esta eleição em Cachoeiro. A foto com o lugar dele vazio vai rodar esta semana e chegar no eleitorado. Para início, vamos à circunstância. Esta eleição está sendo atípica para Ferraço, que perto de fazer 87 anos já não consegue ir a todos os recantos de Cachoeiro. E essa dificuldade, que é normal pela idade em que está, tira ele das ruas, obrigando-o a fazer o que o atacante Romário gostava: jogar parado, e resolver o jogo em momentos cruciais. Então, se ausentar das oportunidades de “jogar parado”, me causa estranheza. Ao político que lidera a corrida eleitoral é dado o direito de se ausentar de debates que podem lhe desgastar. Aí compensam essas ausências com outras estratégias, tipo aumentar a presença nas ruas, explorar exaustivamente os programas de rádio e TV, e, agora, usar muito as tais redes sociais. E por fim, ir a um ou outro debate pontual, sem ser expor demais. Ferraço teve a chance de usar a tal “bala de prata” no debate de ontem, sábado (28), na TV Gazeta. Era a hora de mostrar para os adversários, e principalmente para os seus eleitores, que podem até acusá-lo de estar “doente do pé”, mas não poderão dizer que está “ruim da cabeça”. Ia provar isso jogando parado, e uma única vez. Não haverá mais debates. Era só aquele. O último e ele não foi. Perdeu chance de ouro, sem “bala de prata”. Resistindo aos ataques que sofreria com a esperteza que só as pessoas mais maduras podem ter, Ferraço sairia maior do que está. Provaria que pode sim ser prefeito de novo, porque ainda tem lenha para queimar, apesar do peso do tempo. Mas quando não vai a um debate tão importante, levanta contra si as dúvidas naturais da população. Algumas delas podem ser:  A –  Não foi porque está usando o salto alto do já ganhou? B – Tem pouco apreço à democracia? C – As ideias para melhorar Cachoeiro são frágeis e inconsistentes, por isso foi incapaz de defendê-las publicamente? D – Tem condições de defendê-las publicamente? Nesta eleição, não pesa contra Ferraço o fator idade, pouco explorado pelos seus adversários. O que mais criticam no candidato é o fato de que ele teria ideias velhas para problemas novos, e que seu estilo de governar não resistiria ao emaranhado de exigências do sistema administrativo que hoje se aplica no serviço público. Em suma, estaria ultrapassado. Enfim, são retóricas políticas de adversários, cuja realidade só poderá ser comprovada caso ele realmente exerça o poder. E é exatamente por isso que me estranha muito a ausência de Ferraço no debate, porque ali estaria a chance dele provar o contrário, defendendo as ideias do seu modelo gestor. Certa feita o lendário Ulisses Guimarães teria sido chamado de velho pelo então candidato Fernando Collor de Melo. De bate pronto o emedebista respondeu: “Sou velho, mas não veiaco. Morreu aos 76 anos honrando a sua história na política brasileira. Ferraço, dez anos mais velho, também honra sua história na política do Espírito Santo. Mas quando falta a um debate e deixa de falar ao povo aquilo que realmente pensa sobre os problemas de Cachoeiro e como irá resolvê-los, deixa desnecessariamente a dúvida cruel se realmente será capaz de resolvê-los. Parodiando Ulisses, poderia dizer “estou velho, mas estou pronto para servir Cachoeiro”. Não disse, na sua melhor chance de dizer. Embora os ferracistas e uma meia dúzia de poderosos de Cachoeiro teimem em dizer que a eleição acabou, ainda faltam 7 dias, a partir deste domingo (29). Ironicamente, a participação de Ferraço no debate, que seria a “bala de prata” mortal contra seus adversários, não aconteceu, e torna-se agora o fato novo desta eleição, podendo mudar o rumo daquilo que era para estar praticamente consolidado na manhã deste domingo. Estratégia ousada, resultado imprognosticável.  Ao não debater os problemas de Cachoeiro contra seus adversários, Ferraço turbina a campanha dos seus concorrentes e bota sua eleição em risco. Em uma semana saberemos se deu certo. Por hora, melhor não cantar vitória. *************************************************** “Não cante vitória muito cedo, não/ Nem leve flores para a cova do inimigo/ Que as lágrimas do jovem são fortes como um segredo/ Podem fazer renascer um mal antigo” –  Não Leve Flores (Belchior)                 

Polarização, o terror de Ferraço nas urnas

O grande terror do candidato Theodorico Ferraço (PP) nas urnas chama-se migração de votos que advém da polarização. Em Cachoeiro, esse fenômeno eleitoral foi decisivo em 2008 para que Carlos Casteglione (PT) se tornasse prefeito com incríveis 49.698 votos. Naquele pleito, Casteglione sepultou politicamente dois grandes gigantes cachoeirenses: Roberto Valadão, que já partiu para o andar de cima, e o mesmo Ferraço de agora. A diferença do vencedor para o segundo foi em torno de 7 mil votos, mas só aconteceu na reta final. Deu-se da seguinte forma. Desgastado no poder, o então prefeito Valadão partiu em busca da reeleição, mas debilitado politicamente. Lutou, como era do seu costume, mas viu, nos dias finais daquela disputa, seus votos, que já eram poucos, migrarem para o petista. Era o que faltava para a virada histórica. De apoio de lideranças , Casteglione tinha apenas o senador Magno Malta (PL) naquele ano. Ele foi importante, mas não decisivo. Pesaram dois fenômenos: a volatilidade da base política de Valadão, ancorada no velho conceito de um governo de coalizão; e o medo dos servidores públicos municipais de terem Ferraço novamente no poder. Nas últimas semanas, tanto a base frágil valadonista, formada por PV, PTB, PRP, PT do B, PTN e PSDC, quanto os servidores, que apesar dos pesares tinham uma relação razoável com então prefeito, lhe deixaram de lado e votaram em Casteglione. Agora, em 2024, Ferraço lidera a disputa, segundo pesquisas confiáveis ou não. O governo Victor Coelho (PSB) tem uma candidata, Lorena Vasques (PSB), que, segundo esses mesmos números divulgados, patina na intenção de votos. Sobram Diego Libardi (Republicanos), Léo Camargo (PL) e o mesmo Carlos Casteglione (PT).  Quem se aproximar do líder pode se beneficiar do fenômeno que ajudou o petista lá atrás. Desses, o único que talvez não consiga isso é exatamente o beneficiado de 2008, por conta da alta rejeição atual. Os outros dois têm mais chances. Nenhuma eleição é igual a outra, mas uma boa estratégia para quem polarizar com Ferraço é pregar o chamado voto útil, fazendo a tão temida migração de votos dos demais candidatos para si. Historicamente os ferracistas não têm o voto do servidor efetivo, cerca de 2500. E partidos, que hoje apoiam este ou aquele candidato, tendem a seguir quem pode ganhar a eleição, sonhando com o tal governo de coalizão. A tradição ferracista é governar sem dividir poder, o que pode dificultar uma possível aglutinação partidária. Portanto, a polarização é fenômeno temido por Ferraço. Porque a tal migração de votos, muito comum em cidades que têm segundo turno, em Cachoeiro acontece já no primeiro turno. E curiosamente ocorre em desfavor de quem lidera, pois o fôlego vai se definhando ao longo do processo, enquanto quem se aproxima ganha ímpeto, alimentado pela esperança de uma virada na reta final. Cabe ao líder, neste caso Ferraço, criar antídoto à migração, que já lhe foi fatal e pode se repetir. Aos demais pretendentes ao cargo de prefeito de Cachoeiro cabem buscar a polarização. Quem antes fizer, mais cedo poderá beber das benesses dela. ***************************************************** “A rosa não se compara/ a essa judia rara/ criada no meu país” – Judia Rara (Jorge Faraj/Moreira da Silva)

Os recados de Tininho Batista

O sucesso do evento que marcou o lançamento da pré-candidatura da chapa Luiz Almeida (Republicanos) e Cris da Saúde (PSB) em Marataizes está explícito nesta foto que ilustra a matéria. Mas o registro fotográfico não diz o necessário, apesar de dar um recado claro a Jaiminho (PL) e a Toninho Bitencourt (Podemos): não vai ser fácil ganhar da máquina. Mas essa não foi a única mensagem. O encontro político serviu para acabar com o nhénhénhem que ainda circulava em Marataízes de que Tininho Batista (PSB), padrinho da pré-candidatura de Luiz, pudesse trocá-lo por outro nome. Quando ouvia esse comentário, às vezes até de pessoas próximas dele, pensava comigo: eles não conhecem o prefeito. Tininho é convicto daquilo que faz. Alguém pode até dizer que é teimosia, mas para um homem público que chegou aonde chegou vindo do nada, eu chamaria de convicção. Às vezes excessiva… Mas convicção! Eis o candidato dele, mostrado mais uma vez diante de umas 700 pessoas na Pousada do Paulinho na última sexta-feira. Mostrado aos 8 vereadores presentes, aos 9 partidos que compõem a frente, e a lideranças estaduais presentes. Mais que isso: mostrado àqueles, principalmente os mais próximos, que ainda estavam incrédulos de que Luiz Almeida realmente fosse o candidato a prefeito de Tininho.  Ame-o ou deixe-o não é a frase ideal que Tininho usaria para dizer ao seu grupo a importância de abraçarem Luiz, como ele abraçou. Talvez trabalha e confia. O prefeito tem trabalhado muito nessa tarefa de mostrar aos aliados que ou se ganha com Luiz ou se perde com Luiz. Não há outro caminho. E esse evento de agora foi o sinal definitivo. E o prefeito confia piamente que pode elegê-lo.  A máquina com seu peso tem muito a ajudar Luiz, o prefeito nas ruas então nem se fala. Mas há o tempo em que o candidato tem que nadar com os próprios braços. Terá de ir aonde a máquina e o prefeito não poderão levá-lo. E se ainda, em alguém, existir a dúvida de que poderá ganhar as eleições, que ele leve, por si mesmo, a confiança a esta pessoa. Que assuma os compromissos necessários para estabelecer vínculos eleitorais. Há uma ponte entre o candidato e o eleitor que só quem está na construção do voto pode atravessar. A transferência do voto tem seus próprios limites. O prefeito tem mostrado a cada dia sua força, como mostrou semana passada. Cabe ao candidato mostrar a sua também para dissipar qualquer dúvida de que chegou pra valer na disputa pelo voto. Fonte próxima ao prefeito relata que ele estava esperando esse evento para mudar sua postura junto a alguns do seu grupo, na esperança de que esses alguns mudem suas posturas diante do seu candidato. Como diria o personagem do “Auto da Compadecida”: o tempo da mentira já passou.      

Fechamento de aliança pode mudar rumo de eleições em Itapemirim

Fonte próxima a um dos prefeitáveis em Itapemirim garante estar muito perto o fechamento de uma aliança entre o ex-prefeito Thiago Peçanha (PSB), o ex-secretário de Saúde, Alex da Saúde (Podemos), e o presidente da Câmara, Paulinho da Graúna (Republicanos). Se esse cenário se concretizar e o acordo vingar, a eleição ficará de fato polarizada entre a máquina, sob o comando do atual prefeito Dr. Antônio Rocha (PP), e esse grupo que ainda não definiu quem será o candidato. Sem entrar no mérito de quem poderá ser ou não ser o cabeça de chapa, mas o fato é: uma vez concretizada, essa aliança obriga aos outros nomes  da disputa, no caso Geninho (PDT) e João Bechara (PSDB), a redefinirem suas estratégias. Naturalmente que não estariam fora do processo, mas necessariamente teriam de se reinventar para não serem engolidos pela polarização que se desenha. Uma das opções aos primos Geninho e Bechara será a união. Uma chapa familiar ficaria forte, sem dúvidas. Outra opção seria, tanto para um quanto para outro, alinharem-se a um dos grupos. Sozinhos, ambos viram comida de onça. A veracidade da informação recebida, e que está sendo divulgada aqui neste momento, será sabida em breve porque na política existe uma grande verdade chamada calendário eleitoral. Dele, os atores políticos não fogem. Portanto é natural neste momento próximo às convenções partidárias o afunilamento dos nomes em projetos únicos, ou a separação definitiva dos atores em caminhadas divergentes. Para o futuro de Itapemirim, e para o bem da governabilidade a partir de janeiro do ano que vem, é de bom tom que haja o máximo de junções possíveis e, por conseguinte, o mínimo de candidaturas. Seguindo como está, com 6 pré-candidatos, teremos um município pequeno, e já esfacelado pela divisão política e fragilidade administrativa, ainda mais dividido futuramente. É urgente que haja convergência de projetos. Ano após ano, Itapemirim tem perdido as boas oportunidades de crescimento proporcionadas pelo dinheiro dos royalties petrolíferos. Esse dinheiro um dia acaba. E o que fica? Que os partidos e os pretensos candidatos tenham juízo e sentem à mesa o quanto antes. Se acontecer, a junção entre Thiago Peçanha, Paulinho da Graúna e Alex da Saúde vai forçar a conversa entre os demais atores. E Itapemirim pode sair mais forte. Aguardemos.      

Dorlei Fontão trabalha e confia na decisão da Justiça; Paulinho Mineti observa

Ao voltar forte nas redes sociais, mostrando as sucessivas agendas junto ao povo kennedense, o prefeito Dorlei Fontão (PSB) passa a expor explicitamente uma intenção que até então só se revelara aos mais próximos: uma nova candidatura. Este mês de fevereiro de 2024 mostrou um novo Dorlei. Mais ousado e mais confiante que o seu recurso na Justiça será favorável e terá caminho livre para ser candidato, o prefeito já cumpre agenda de pré-candidato. E se disputar, será imbatível nas urnas de Presidente Kennedy.    Ao assumir em maio de 2019, cumprindo dever constitucional após afastamento da titular, Amanda Quinta, pela Justiça, o então vice-prefeito Dorlei permaneceu no cargo até as eleições de 2020 quando foi novamente conduzido à prefeitura. Aparentemente tratou-se de uma reeleição. Só que, talvez, não. O prefeito agarra-se em duas decisões da Justiça para provar que se disputar as eleições deste ano na verdade estará disputando pela segunda vez, e não pela terceira. Os casos que abrem essa brecha vêm do município de Cachoeira dos índios (PB) e do Estado de São Paulo, envolvendo o prefeito Allan Seixas de Souza e o vice-governador à época Geraldo Alckmin. Para evitar as delongas, indico a internet aos mais interessados. Os casos em voga podem ser conferidos em uma pesquisa no Google, no site Consultor Jurídico, especializado no mundo jurídico. No caso do prefeito a decisão passou pelo então ministro do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) Alexandre de Moraes.   Quem acompanha a situação de Dorlei de perto é o prefeito de Venda Nova do Imigrante Paulinho Mineti (PP). Seu caso não difere muito do ocorrido em Kennedy, já que também assumiu o poder por circunstâncias do destino em junho de 2019. Mas não pelo afastamento do titular, e sim devido a um caso de morte. No cargo, Mineti foi eleito em 2020 e também não considera aquele mandato como uma reeleição. Paulinho não entrou na Justiça, mas observa o processo e caso haja jusrisprudência certamente reivindicará o direito de disputar as eleições municipais deste ano. E um vez na disputa, dizem ser imbatível assim como o seu colega de Presidente Kennedy.   A informação que se tem é que ao menos uns 10 prefeitos Brasil afora estão juntos ao Dorlei Fontão neste processo. Uma espécie de causa coletiva com boas chances de serem bem sucedidos. Informações de bastidores dão conta que o processo que irá definir o futuro de Dorlei Fontão começa a andar mais rapidamente agora, após o carnaval. Não é a toa que ele também acelera sua agenda na rua, com o povo. Trabalhando e confiando, como ensina a bandeira capixaba. ********************************************* “Trabalha como se tudo dependesse de ti, e confia como se tudo dependesse de Deus” – Santo Inácio de Loyola

Internamente não há dúvidas! Leo Português será o candidato de Fabrício Petri em Anchieta

O secretário de Governo e presidente do PSB de Anchieta, Leo Português, está pronto para a candidatura de prefeito neste processo eleitoral de 2024. O cenário interno, segundo algumas fontes, é de definição em torno do nome do secretário como o pré-candidato do grupo que administra o município atualmente. Leo Português, como é conhecido, já passou por diversas secretarias do município, e há algum tempo vem demonstrando seu desejo de poder liderar o projeto político do grupo do atual prefeito, Fabrício Petri (PSB). O pré-candidato tem apresentado forte atuação nas redes sociais, sendo presença constante nas comunidades e os resultados já aparecem nos apontamentos políticos da cidade, com grande crescimento nos comentários de populares. Nos bastidores da política anchientense, Leo já é dado como certo para ser o sucessor de Petri, inclusive o anúncio oficial acontecerá em breve conforme apuramos. A única dúvida que ainda fica é de quem será o adversário de Leo Português na próxima eleição. 

A folia eleitoral de Geninho em Itapemirim

Quem disse que o ano no Brasil só começa depois do carnaval, não considerou que a política tem seu próprio mundo, e não para, nem mesmo na festa momesca.   Tem gente, como o vereador de Cachoeiro Juninho Corrêa (PL) que usa esses dias para decidir sua vida e, surpreendentemente, abandonar seu projeto maior que é ser prefeito. Outro, com muita pressa, tipo o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) nem esperou acabar o carnaval e tratou de fazer um vídeo convocando seu público para uma manifestação política em São Paulo. Entende-se a urgência dele, já que o seu futuro é duvidoso. Mas quem surpreendeu também foi o pré-candidato a prefeito de Itapemirim Geninho (PDT). Enquanto outros pulavam carnaval na praia, ele larga a praia rumo ao interior e realiza uma serie de agendas políticas. Garrafão, Coahb, Brejo Grande… e por aí foi. O rapaz não tá de brincadeira. Suas agendas sinalizaram aos adversários que está no páreo pra valer. Embora há quem diga que sua pré-candidatura é inviável, já que na família tem um outro pré-candidato, ele não está levando o assunto a sério e trabalha como se não houvesse amanhã. Se equacionar esse problema familiar, que não chega a ser um impedimento para a disputa, mas atrapalha muito, Geninho pode ir mais longe do que se pensa. João Bechara (PSB), primo do pedetista em primeiro grau, também padece do mesmo mal. Perde votos com o parente no páreo. Dizem que eles não se falam, logo é caso sem solução. Lá em Itapemirim sempre existiu bons conselheiros político. Vai que alguém mais experiente junte-os. Mas nesse caso talvez fosse necessário um padre, já que seria um milagre. A conferir. Mas política ainda é a arte de homem namorar homem. ************************************************************************************************** “Carnaval desengano / Deixei a dor em casa me esperando / E brinquei, desfilei, fui vestido de rei / Quarta-feira sempre desce o pano” – Sonho de um carnaval (Chico Buarque)

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