Tecnologia
Caiu em um golpe digital na Black Friday? Saiba o que fazer


A Black Friday passou, mas suas consequências não, já que o período promocional também é conhecido pela grande quantidade de golpes digitais . Neste ano, antes mesmo da sexta-feira chegar, os ataques cibernéticos já estavam aumentando .
Além de reclamações recorrentes como propaganda enganosa, divergência de valores e atraso em entrega, a Black Friday também é um terreno fértil para a disseminação de crimes digitais , como roubo de dados, golpes financeiros e até sequestro de informações.
Caí em um golpe na Black Friday, e agora?
Se você foi vítima de um crime cibernético durante o evento promocional, a primeira coisa a fazer é coletar provas para realizar uma denúncia. Maximiliano de Carvalho Jácomo, coordenador do MBA em segurança cibernética do Instituto de Gestão e Tecnologia da Informação explica quais informações são relevantes na hora de denunciar um crime.
“A vítima deverá comparecer na presença da autoridade policial, munida com o máximo de evidências sobre referente ao crime. Por exemplo, as mensagens eletrônicas recebidas, as fotos, as conversas realizadas via WhatsApp e, em alguns casos, até com o dispositivo computacional, seja este o notebook, computador, smartphone ou tablet”, explica.
Depois de coletar as provas, o indicado é ir até uma delegacia da Polícia Civil especializada em crimes cibernéticos – é possível encontrar uma lista neste link . Se não houver uma perto de você, é possível fazer a denúncia em uma delegacia comum.
Além de denunciar o crime, Maximiliano aconselha que a vítima alerte seus familiares e amigos para que eles não sejam os próximos a caírem nas redes de golpes . “[A vítima] deve relatar todos os fatos e técnicas utilizadas pelo criminoso para enganá-la. Assim, essas pessoas também ficarão atentas e não se tornarão as próximas vítimas”.
Se o crime cibernético for o roubo ou sequestro de dados , é importante estar atento a quais informações foram acessadas. Se você entrou em um site falso e passou uma senha , por exemplo, é importante trocá-la o mais rápido possível.
Hora de uma análise
Depois de resolver os problemas relacionados ao crime cibernetico do qual foi vítima, é muito importante analisar o porquê você caiu no golpe . Entender como funcionam as táticas das fraudes digitais é importante para não voltar a ser vítima, já que esse tipo de situação não é exclusividade da Black Friday.
Para Maximiliano, a principal dica para não cair em um golpe virtual é o conhecimento e a conscientização . “Quanto mais as conhecimento as pessoas tiverem sobre os riscos, ameaças e perigos do mundo digital automaticamente mais conscientes vão estar e com isso estão menos expostas aos crimes cibernéticos”, afirma o especialista.
“É importante que as pessoas conheçam os tipos de crimes virtuais mais comuns, que conheçam as formas com que os cibercriminosos atuam. Ou seja, conheçam as técnicas, tecnologias e ferramentas utilizadas. É importante dizer que as pessoas precisam ter consciência do que estão fazendo com a tecnologia, o que estão e como estão compartilhando na internet e nas redes sociais. Todos nós precisamos compreender que o mundo digital é igual ao mundo real. Ou seja, possui os mesmos prazeres e perigos”, continua.
O professor afirma que, no Brasil, todos os crimes cibernéticos mais praticados estão relacionados à chamada engenharia social . A técnica usa informações para manipular as pessoas, fazendo-as cair mais facilmente em golpes. Maximiliano destaca como funcionam os quatro principais tipos de crimes digitais aplicados no Brasil:
- Phishing : considerado um dos crimes cibernéticos mais comuns do mundo, o phishing tem como objetivo fazer a vítima clicar em sites maliciosos . Para isso, os criminosos criam mensagens atrativas (como promoções boas demais) se passando por empresas ou instituições e indicando um link. Quando a pessoa clica, ela pode ou baixar vírus que prejudicam a máquina ou ser direcionada para preencher seus dados, caindo em roubo de informações.
- Sequestro de dados : outro crime muito comum (e que aconteceu recentemente com o Superior Tribunal de Justiça ) é o sequestro de dados. Nesse caso, os criminosos instalam na máquina da vítima um software que criptografa seus documentos, mantendo eles em posse apenas dos golpistas. Para acessar novamente suas informações, a vítima precisa pagar uma quantia em criptomoedas.
- Quid pro quo : esse tipo de golpe acontece quando o criminoso oferece algo em troca alguma informação. “Como exemplo temos os crimes relacionados ao Whatsapp no qual o criminoso oferece um cupom de desconto de algum produto ou serviço e em troca solicita a vítima o código de acesso ao whatsapp enviado por SMS, alegando ser o código que valida o cupom de desconto”, exemplifica Maximiliano.
- Sextorsão : esse tipo de crime também é bastante comum no Brasil e, como o próprio nome já diz, está relacionado com sexo e extorsão. Nesse caso, os criminosos chantageam a vítima ameaçando publicar conteúdos íntimos supostamente dela na internet.


Tecnologia
Megavazamento pode trazer prejuízos a todos os brasileiros; saiba o que fazer


O vazamento que expôs dados de quase todos os brasileiros , ultrapassando 220 milhões de CPFs tem deixado muita gente preocupada. E não é para menos: muito pior do que se esperava , o banco de dados inclui várias informações de cada uma dessas pessoas – vivas ou mortas -, como foto, endereço, telefone, e-mail e salário.
O problema é que, com tanta gente exposta, fica difícil saber quem está no meio e pode sofrer as possíveis consequências. Marco DeMello, presidente executivo da PSafe, empresa que foi a primeira a reportar o caso, disse ao Estadão que, dada a magnitude do vazamento , é difícil que algum brasileiro tenha ficado de fora. “A essa altura, todos os CPFs brasileiros estão nessa base de dados roubada. Estão lá meus familiares, meus sócios, minha equipe e qualquer coisa que eu pesquiso nos extratos. É assustador”, afirmou.
De acordo com apuração do Tecnoblog, todos os 223 milhões CPFs estão expostos gratuitamente, enquanto o restante dos dados está à venda na internet por valores que variam de US$ 0,075 a US$ 1 por CPF.
Isso significa que as informações podem ser compradas por cibercriminosos , que podem usá-las para aplicar diversos tipos de golpes, sobretudo os financeiros.
Você viu?
Com os tipos de dados presentes no vazamento, é possível que os golpistas assumam a identidade da vítima para fazer uma dívida, por exemplo. Além disso, é possível que as informações sejam usadas para praticar a chamada engenharia social, convencendo a vítima de que ela precisa passar mais dados – ou até dinheiro. Um CPF e um endereço roubados podem, por exemplo, serem usados para gerar um boleto tão legítimo que a vítima vai acreditar que deve pagá-lo.
Outra opção é que os criminosos usem dados de pessoas com mais visibilidade, como políticos ou executivos de alto cargo para extorquir dinheiro.
Por isso, é preciso que todas as pessoas estejam atentas a movimentações em contas e contatos por telefone, e-mail ou mensagem que sejam suspeitos. Caso algo fora do comum aconteça, o ideal é formalizar um boletim de ocorrência.
Por enquanto, ainda não se provou de onde vieram os dados vazados . Informações presentes no banco ligam as informações à empresa de análise de crédito Serasa Experian . A companhia nega relação e diz investigar o caso.
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