Com Brunão do Povo no páreo, 3 nomes devem disputar a prefeitura de Presidente Kennedy

As eleições municipais de 2024 em Presidente Kennedy estão em plena efervescência, com três candidatos disputando o cargo de prefeito. Dorlei Fontão, atual prefeito e candidato à reeleição pelo PSB, conta com o apoio de uma coligação robusta. O ex-prefeito Reginaldo Quinta, do PSD, tenta retomar ao cargo, embora enfrente um desafio significativo devido à falta de uma certidão essencial para a disputa. Brunão do Povo é a novidade no processo. Servidor público e filiado ao Avante, completa o cenário eleitoral. Dorlei Fontão, que já está no cargo de prefeito, é o nome mais forte na disputa, considerando que o nome que comanda a “máquina pública” dificilmente perde uma eleição por lá. Seu vice será Tancredo Almeida, ex-secretário de Assistência Social e também do PSB. A chapa de Dorlei conta com o suporte da coligação “Kennedy não pode parar”, que reúne os partidos PSB, Podemos, MDB, Republicanos e Progressistas, além de ser alinhada ao partido do governador Renato Casagrande. Em contraste, Reginaldo Quinta, que já foi prefeito de Presidente Kennedy, tenta retornar ao cargo com uma chapa que inclui Aluízio Corrêa como vice. Reginaldo e sua coligação, “Progresso com Justiça Social”, são apoiados pelos partidos PSD, Democracia Cristã, União Brasil e PDT. No entanto, a falta da certidão necessária para a disputa pode representar um obstáculo significativo para sua campanha. Brunão do Povo, cujo nome verdadeiro é Bruno das Neves, é o candidato pelo Avante e promete trazer uma nova abordagem à corrida eleitoral. Brunão, que vai para sua quinta disputa eleitoral, apresenta uma chapa puro sangue com o funileiro Maiclon Sulivan como seu vice. Sua entrada na corrida adiciona um novo elemento ao cenário político de Presidente Kennedy. Atualmente, apenas Dorlei Fontão e Brunão do Povo registraram suas candidaturas no TSE, com os nomes já disponíveis para consulta online no Divulga Cand. A confirmação dos registros e o desenrolar da campanha prometem definir o rumo político da cidade nos próximos meses.

Em resposta à Folha de SP, Alexandre de Moraes diz que requisições ao TSE foram regulares

O gabinete do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), afirmou nesta terça-feira (13) que foram oficiais e regulares todos os procedimentos realizados para requisitar informações ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) no âmbito dos inquéritos que investigam a disseminação de fake news e a atuação de milícias digitais durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro. A declaração foi divulgada após o jornal Folha de S.Paulo publicar uma reportagem na qual diz que Moraes usou “formas não oficiais” para determinar a produção de informações para investigar aliados de Bolsonaro durante as eleições de 2022, período em que o ministro foi presidente do TSE. Segundo o gabinete de Moraes, o TSE tem poder de polícia e pode realizar as pesquisas. “O gabinete do ministro Alexandre de Moraes esclarece que, no curso das investigações do Inquérito (INQ) 4781 (Fake News) e do INQ 4878 (milícias digitais), nos termos regimentais, diversas determinações, requisições e solicitações foram feitas a inúmeros órgãos, inclusive ao Tribunal Superior Eleitoral, que, no exercício do poder de polícia, tem competência para a realização de relatórios sobre atividades ilícitas, como desinformação, discursos de ódio eleitoral, tentativa de golpe de Estado e atentado à democracia e às Instituições”, diz trecho da nota. O ministro também esclareceu, por meio do gabinete, que os relatórios apenas descreviam postagens ilícitas nas redes sociais e eram enviadas para investigações da Polícia Federal. “Todos os procedimentos foram oficiais, regulares e estão devidamente documentados nos inquéritos e investigações em curso no STF, com integral participação da Procuradoria-Geral da República”, conclui a nota. Fonte: Agência Brasil

Unimed Sul Capixaba realiza primeira cirurgia de prótese de tornozelo

O Hospital da Unimed Sul Capixaba concluiu no dia 8 de agosto, a primeira cirurgia de prótese de tornozelo, realizada no sul do ES. O procedimento foi realizado pelo médico ortopedista, especializado em cirurgia do pé e tornozelo, Luciano Brasil, em um paciente homem, de 36 anos, morador de Cachoeiro. De acordo com o especialista, a prótese do tornozelo ou artroplastia do tornozelo é uma forma de substituição da articulação do tornozelo nos casos de artrose. “Então, a principal indicação para realizar uma prótese é uma artrose do tornozelo, uma degeneração da cartilagem articular, um desgaste daquela articulação que pode acontecer após um trauma, uma fratura, um processo de infecção, uma doença reumática, por exemplo”. Segundo o médico a cirurgia foi considerada um sucesso, já que o paciente foi internado e operado no mesmo dia, sem nenhum tipo de intercorrência e sem necessidade de transfusão de sangue ou UTI. “Um dia depois da cirurgia o paciente já recebeu alta”, ressalta. Ele relata que a cirurgia de artrodese, utilizada anteriormente para tratar a artrose no tornozelo, envolvia a fusão da articulação, resultando na perda de movimento. “A prótese de tornozelo é uma alternativa mais moderna que trata a mesma condição, mantendo a mobilidade, proporcionando uma recuperação mais rápida e permitindo atividades físicas moderadas”, explica. Esta cirurgia pioneira é mais um exemplo para reforçar que o Hospital Unimed está preparado para todos os tipos de procedimentos, até mesmo de alta complexidade, abrigando um dos centros cirúrgicos mais modernos do estado, reforçando seu compromisso com a excelência em saúde. “Temos aqui todas as condições para realizar essa cirurgia: salas amplas, equipe especializada, intensificador de imagem, caso necessário, temos disponíveis todos e os melhores instrumentais em ortopedia. A cooperativa disponibiliza uma prótese importada alemã de primeira linha que é utilizada fora do país também, já bem consagrada. Temos acesso ao material de primeiro mundo para o paciente aqui”, destaca o especialista. A diretora de Recursos Próprios da Unimed Sul Capixaba, Grazielle Grillo, destaca o compromisso da instituição em oferecer serviços de qualidade e promover avanços na área da saúde. “Este centro cirúrgico é resultado de um investimento significativo em tecnologia e infraestrutura, com o compromisso de oferecer o que há de melhor em saúde para a nossa comunidade”, descreve. Ao longo de seus 35 anos, a Unimed Sul Capixaba se destaca pelas renomadas certificações, equipamentos e tecnologias médicas. Entre elas, a certificação ONA 3, o nível mais alto da Organização Nacional de Acreditação, no Hospital Unimed e no Hospital Materno-Infantil, reafirmando a excelência na prestação de serviços hospitalares. Ambos os hospitais também possuem a certificação internacional HIMSS nível 6, consolidando-se como únicos hospitais digitais do Espírito Santo. Além disso, em 2024, o Hospital Unimed foi reconhecido no ranking “The World’s Best Hospitals” da revista Newsweek, destacando-se como um dos melhores hospitais do mundo.

Diego Libardi percorre o comércio e vai debater propostas para o setor

Seguindo sua agenda de reuniões com diversos setores sociais para construção do seu Plano de Governo colaborativo, o pré-candidato à prefeitura de Cachoeiro, Diego Libardi (Republicanos) se reúne com representantes do comércio na próxima terça-feira (13), em Cachoeiro. Ele e sua vice, Rafaela Donadeli (União Brasil) irão debater propostas junto com empresários, trabalhadores, lideranças e cidadãos interessados no fortalecimento do comércio e da indústria na cidade. Os pré-candidatos têm realizado visitas e caminhadas frequentes pelo comércio e empresas em diversos pontos de Cachoeiro, já buscando dialogar e conhecer as demandas e ideias. Neste sábado (10), eles percorreram novamente o comércio do Guandu, na região Central de Cachoeiro, onde as obras realizadas pela prefeitura se arrastam há vários meses, o que tem trazido muita reclamação e prejuízos. “O comércio de Cachoeiro, há anos, já vem sendo penalizado com a falta de atenção do poder público. Queremos ouvir as pessoas, saber o que elas precisam, quais as principais demandas. Juntos, podemos desenvolver as melhores propostas para trazer alívio aos comerciantes e aos trabalhadores, promover incentivos para fortalecer as empresas e, consequentemente, estimular a nossa economia com a geração de mais renda e mais empregos”, comentou Libardi. Junto dos principais aliados, os deputados estaduais Dr. Bruno Resende e Allan Ferreira, os pré-candidatos já se reuniram com representantes da Saúde, Segurança Pública e do Esporte na cidade, para debater e buscar soluções para as principais pautas do seu Programa de Governo. “Todas as reuniões até aqui tiveram grande adesão e foram muito produtivas. É essencial essa participação popular, junto com especialistas e quem vivencia a realidade de cada tema, pois é daí que conseguimos dimensionar os problemas e achar as soluções mais viáveis para aplicar no dia a dia”, afirmou Donadeli. Serviço: Reunião de Construção do Plano de Governo – Comércio Data: 13 de agosto (terça-feira) Horário: 19h Local: CDV Eventos (Rua 25 de Março, 146, Centro – ao lado do INSS)

Propaganda eleitoral começa nesta sexta-feira

A partir da próxima sexta-feira (16) estão liberadas as propagandas para as eleições municipais de outubro, no que deve ser o primeiro pleito no Brasil diretamente impactado por novas tecnologias de inteligência artificial (IA), aquelas capazes de produzir imagens e sons sintéticos muito próximos do real. As propagandas vão até o dia 30 de setembro. Diante da ausência de leis sobre IA no país, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) decidiu se adiantar e aprovar regras para regular a utilização desse tipo de tecnologia nas propagandas eleitorais. Pelas regras aprovadas, o uso de “conteúdo sintético multimídia” gerado por IA deve sempre vir acompanhado de um alerta sobre sua utilização, seja em qualquer modalidade de propaganda eleitoral.  Nas peças no rádio, por exemplo, se houver sons criados por IA deve ser alertado ao ouvinte antes da propaganda ir ao ar. Imagens estáticas exigem uma marca d’água, enquanto material audiovisual deve fazer o alerta prévio e estampar a marca d’água. Em material impresso, o aviso deve constar em cada página que contenha imagens geradas por meio de IA.  Em caso de descumprimento, qualquer propaganda pode ser tirada de circulação, seja por ordem judicial ou mesmo por iniciativa dos próprios provedores de serviços de comunicação, prevê a resolução eleitoral que trata do tema.  Não bastasse a vedação à desinformação em geral, um dos artigos da resolução traz a vedação explícita ao deep fake, proibindo “o uso, para prejudicar ou para favorecer candidatura, de conteúdo sintético em formato de áudio, vídeo ou combinação de ambos, que tenha sido gerado ou manipulado digitalmente, ainda que mediante autorização, para criar, substituir ou alterar imagem ou voz de pessoa viva, falecida ou fictícia”.  Nesse caso, as consequências em caso de descumprimento são mais graves, podendo acarretar a cassação do registro de candidatura ou mesmo eventual mandato. Há ainda a abertura de investigação por crime eleitoral. Quem divulgar fatos que saiba serem inverídicos sobre partidos ou candidatos, e que sejam capazes de exercer influência perante o eleitorado, por exemplo, pode estar sujeito a pena de 2 meses a 1 ano de detenção. Em se tratando de desinformação, a Justiça Eleitoral tem poder de polícia, isto é, pode determinar de ofício, sem ser provocada, a remoção do material em questão. A ordem de remoção pode ter prazo inferior a 24 horas, se o caso for grave.  As ordens podem ser direcionadas a plataformas de redes sociais, por exemplo, que são obrigadas a cumpri-las por meio de acesso identificado aos sistemas, que deve ser comunicado à Justiça Eleitoral.  Todos os detalhes do regramento sobre a propaganda eleitoral podem ser encontrados na resolução publicada no portal do TSE. Regras gerais  De resto, aplicam-se às propagandas feitas com IA as mesmas regras que valem para os demais tipos de material – tudo deve sempre vir acompanhado da legenda partidária e ser produzido em português.  Uma regra já antiga é que nenhuma propaganda eleitoral pode “empregar meios publicitários destinados a criar, artificialmente, na opinião pública, estados mentais, emocionais ou passionais”. É vedado ainda o anonimato.  Além de divulgar desinformação, também é proibido veicular preconceitos de origem, etnia, raça, sexo, cor, idade, religiosidade, orientação sexual e identidade de gênero, bem como qualquer forma de discriminação; depreciar a condição de mulher ou estimular sua discriminação; veicular conteúdo ofensivo que constitua calúnia, difamação ou injúria; entre outras.  No caso da campanha na rua, é vedado “perturbar o sossego público”, seja com “com algazarra ou abuso de instrumentos sonoros ou sinais acústicos, inclusive aqueles provocados por fogos de artifício”.  Assim como em pleitos anteriores, continuam proibidos os outdoors, o telemarketing e os showmícios, bem como a utilização de artefato que se assemelhe à urna eletrônica como veículo de propaganda eleitoral.  As caminhadas, passeatas e carreatas estão liberadas, desde que ocorram entre as 8h e as 22h e até a véspera da eleição. Tais eventos podem utilizar carro de som ou minitrio elétrico, assim como em reuniões e comícios. Não há necessidade de autorização pela polícia, mas as autoridades de segurança precisam ser avisadas com no mínimo 24 horas de antecedência ao ato de campanha.  As normas eleitorais detalham ainda a potência máxima que deve ter cada um desses equipamentos sonoros – 10.000W para carros de som, 20.000W para minitrios e acima disso para trios elétricos, permitidos somente em comícios. Ainda assim, tais ferramentas só podem ser utilizadas no contexto de algum evento eleitoral, nunca de forma isolada.  Outra proibição antiga é a confecção ou distribuição diretamente ao eleitor de brindes com propaganda de candidatos, tais como chaveiros, bonés, canetas ou camisetas.  Essas e outras autorizações e proibições sobre propaganda eleitoral podem ser encontradas numa cartilha produzida pelo Tribunal Regional Eleitoral de Pernambuco (TRE-PE). Denúncias  Qualquer pessoa que flagrar alguma irregularidade pode denunciá-la à Justiça Eleitoral por meio do aplicativo Pardal, disponível para celulares com sistema operacional Android ou iOS.  O TSE disponibiliza também o Sistema de Alertas de Desinformação Eleitoral (Siade), que pode ser acionado em casos de desinformação, ameaças e incitação à violência, perturbação ou ameaça ao Estado Democrático de Direito, irregularidades no uso de IA, comportamentos ou discursos de ódio e recebimento de mensagens irregulares.  Fonte: Agência Brasil

Apostas esportivas comprometem orçamento familiar das classes D e E

Foto: Joédson Alves Fonte: Agência Brasil O gasto com apostas esportivas em plataformas online, as bets, está impactando o consumo de mercadorias e serviços, sobretudo das classes socioeconômicas de menor poder aquisitivo, e afetam a percepção da melhoria da economia brasileira, como o aumento da renda, do crescimento da ocupação e o controle inflacionário. A avaliação é da empresa PwC Strategy& do Brasil Consultoria Empresarial Ltda, ligada à multinacional de auditoria e assessoria PricewaterhouseCoopers. De acordo com o economista e advogado Gerson Charchat, sócio e líder da Strategy& do Brasil, os gastos com apostas esportivas “já superam outros tipos de despesas discricionárias, como lazer, cultura e produtos pessoais, e até mesmo estão começando a impactar o orçamento destinado à alimentação. Esse desvio de recursos para as apostas exerce uma pressão considerável sobre a demanda por produtos essenciais, afetando a dinâmica da economia de forma geral.” As apostas esportivas em plataformas explodiram no Brasil após a Lei nº 13.756 ser aprovada pelo Congresso Nacional e sancionada pelo então presidente Michel Temer no final de 2018. Daquele ano a 2023, os gastos com apostas aumentaram 419%. “Em 2018, as apostas representavam 0,27% do orçamento familiar da classe D e E; hoje, esse percentual saltou para 1,98%, quase quatro vezes mais do que há cinco anos. Por outro lado, os gastos com lazer e cultura diminuíram de 1,7% para 1,5% do orçamento, enquanto os gastos com alimentação se mantiveram estáveis”, conta Charchat em entrevista para a Agência Brasil. Ele alerta que as apostas esportivas cresceram de forma expressiva e se tornaram uma fonte de gastos significativa, especialmente entre os jovens dos estratos sociais de menor poder aquisitivo. “O fenômeno pode gerar, inclusive, um aumento no endividamento entre a população de baixa renda, o que pode trazer impactos negativos para o crescimento econômico do país.” A análise publicada da Strategy& do Brasil, baseada em dados secundários, assinala que a percepção da população de dificuldades financeiras cresceu cinco pontos percentuais entre 2022 e 2024. Hoje um quinto dos brasileiros dizem enfrentar dificuldades para pagar as suas contas todos os meses, ou não conseguem pagá-las na maioria das vezes. Renda comprometida Não há informação precisa sobre o número de empresas que administrem plataformas no Brasil e nem o volume de dinheiro arrecadado no negócio. Esses números só serão conhecidos após as bets obterem autorização do Ministério da Fazenda para exploração comercial da modalidade lotérica de apostas de quota fixa, e começarem a arrecadar tributos. Os impactos e efeitos sobre a economia já haviam sido apontados pela Sociedade Brasileira de Varejo e Consumo (SBVC). Segundo pesquisa de opinião feita para a entidade em maio, entre os que apostam, 64% reconhecem que utilizam parte da renda principal para tentar a sorte; 63% afirmam que tiveram parte da sua renda comprometida com as apostas online; e 23% deixou de comprar roupa, 19% itens de mercado, 14% produtos de higiene e beleza, 11% cuidados com saúde e medicações. Para a economista Ione Amorim, consultora do programa de serviços financeiros do Instituto de Defesa de Consumidores (Idec), “o problema escalou” e além da dimensão econômica, há erros na regulamentação, efeitos sociais e na saúde mental da população não estimados. “Hoje a gente já tem uma realidade de suicídio, de destruição de lares, de endividamento, de pessoas que já perderam o emprego porque já envolveram tudo que tinham. De doenças mentais extremamente graves por conta dessas dependências, que leva a outra, quer dizer: a pessoa se endividou, e se perdeu, vai do jogo para o álcool, do álcool para as drogas e para o suicídio”, descreve Ione Amorim que já deu palestras sobre os impactos das apostas online até mesmo nas Forças Armadas. Na avaliação da economista, a situação social e a desinformação tornam o público mais pobre mais vulnerável a correr riscos em apostas. “Nós temos uma população com baixo nível de educação financeira. As pessoas já têm dificuldade de lidar com a sua realidade, de gastar dentro dos seus ganhos.” Para ela, a situação socioeconômica de algumas famílias leva ao endividamento para garantir a sobrevivência, e as apostas se tornam um risco atrativo para, ocasionalmente, obter recursos e quitar compromissos. Mas, segundo Ione é preciso estar atento: “o ganho fácil vai levar a pessoa a um ambiente onde pode haver perdas significativas”, ressalta a economista que também assinala que as apostas são intermediadas por sistemas com algoritmos. “A pessoa está jogando contra uma máquina que foi programada. Então, ela vai ganhar eventualmente, mas vai perder muito mais do que vai ganhar.” PL 2234 Ione Amorim acrescenta que os efeitos econômicos, sociais e de saúde mental ocasionados pelas plataformas eletrônicas de apostas esportivas em plataformas online podem ser potencializados com a aprovação do Projeto de Lei nº 2.234/2022, em tramitação no Senado, que autoriza a exploração em todo o território nacional de cassinos, bingos, jogo do bicho e aposta em corridas de cavalo. A aprovação do PL, assim como da lei que autorizou as apostas nas bets, é defendida pela possibilidade de que os negócios gerem emprego, renda e tributos que podem custear políticas sociais. No caso das plataformas eletrônicas, em funcionamento há cinco anos, nenhum real foi arrecadado. O recolhimento começará após autorização para exploração comercial pelo Ministério da Fazenda. A outorga será concedida, depois de avaliação técnica e legal, mediante o pagamento de R$ 30 milhões à União. O prazo para obter a permissão é até o final do ano. A contabilidade de arrecadação de quem defende a legalização dos jogos não deduz as perdas da tributação que estão ocorrendo em outros setores em meio ao crescimento de gastos com aposta e também não dimensiona o aumento de despesas do Estado com segurança pública e com atendimento à saúde mental. Reportagem da Agência Brasil trata da potencialidade do setor, de boas práticas, mas alerta para riscos de dependência. Leia aqui.

Morre, aos 96 anos, o ex-ministro Delfim Netto

O economista e ex-ministro Antônio Delfim Netto morreu nesta segunda-feira (12), aos 96 anos, em São Paulo. Desde o último dia 5, ele estava internado por complicações de saúde, no Hospital Israelita Albert Einstein, na capital paulista. Em nota, a assessoria do economista informou que não haverá velório aberto e seu enterro será restrito à família. Delfim Netto deixa filha e neto. Descendente de imigrante italianos, ele nasceu em São Paulo, em maio de 1928. Formou-se economista em 1951 pela Universidade de São Paulo (USP) e tornou-se catedrático em 1958. Fez carreira acadêmica como professor titular de Análise Macroeconômica e recebeu o título de professor emérito pela Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da Universidade de São Paulo (Fea-USP). Foi membro do Conselho Consultivo de Planejamento (Consplan) do governo Castelo Branco, em 1965. Tornou-se secretário de Fazenda no governo de São Paulo em 1966. Foi um dos signatários do Ato Institucional número 5 (AI-5), em 13 de dezembro de 1968. O decreto é considerado o mais duro após o golpe militar de 1964, e foi instituído durante o governo Gosta e Silva, para suspender direitos e garantias individuais. Delfim Netto chegou a ministro da Fazenda em 1967, ainda no governo Costa e Silva, e ocupou o cargo até o governo Médici, encerrado em 1974. Nos quatro anos seguintes, foi embaixador do Brasil na França e, em 1979, passou a integrar Conselho Monetário Nacional e comandou o Banco Central no governo Figueiredo. Delfim foi deputado federal na Constituinte de 1987 a 1991 pelo Partido Democrático Social, sucessor da Arena. Posteriormente, elegeu-se cinco vezes deputado federal pelo estado de São Paulo e permaneceu representante na Câmara até 2007. Foto: Salu Parente Fonte: Agência Brasil

Farmácia Popular faz parte da vida dos brasileiros há 20 anos

Com os recém-completados 20 anos do Farmácia Popular, há pessoas com histórias e vivências que se mesclam à longevidade do programa do Governo Federal. O aposentado João Martins Fernandes, de 67 anos, busca gratuitamente há 19 anos sete medicamentos para manter sob controle doenças cardíacas, diabetes e hipertensão. “Eu infartei em 2005. De lá pra cá, sempre pego remédio na Farmácia Popular. Foram cinco infartos e tenho sete próteses. No início, o tratamento foi demorado, mas agora é só controle mesmo”, relata. João avalia o papel do Farmácia Popular em sua vida não apenas como instrumento que propicia economia financeira, mas manutenção da saúde física e emocional. “Não alivia só o orçamento. Seria impossível ficar sem o remédio. Só um dos remédios que tomo custa quase R$ 500. Sem o Farmácia Popular, com o salário que ganho, não daria para comprar. Se eu tivesse que comprar todos os remédios, ficaria em torno de R$ 3 mil a R$ 4 mil por mês”, revela o aposentado. Estamos falando, sobretudo, do cuidado com as pessoas, de um Brasil bem cuidado, que é a orientação maior do governo, de que governar é cuidar. O Farmácia Popular é SUS e mostra esse cuidadoNÍSIA TRINDADEMinistra da Saúde O programa oferta 41 insumos, entre fármacos, fraldas e absorventes e inclui medicamentos para diabetes, hipertensão, asma, osteoporose e anticoncepcionais. Com a atualização do programa em julho, 95% dos medicamentos e insumos passaram a ser retirados de forma gratuita, ou 39 dos 41 itens de saúde distribuídos. Os outros têm desconto de até 90%. São remédios para tratamento de colesterol alto, Parkinson, glaucoma e rinite, por exemplo. A estimativa é de que cerca de 3 milhões de pessoas que já utilizam o programa sejam impactadas e, em média, isso gere economia para os usuários de até R$ 400 por ano.  “Estamos falando, sobretudo, do cuidado com as pessoas, de um Brasil bem cuidado, que é a orientação maior do governo, de que governar é cuidar. O Farmácia Popular é SUS e mostra esse cuidado”, afirmou a ministra da Saúde, Nísia Trindade, ao celebrar a inclusão dos medicamentos no programa.  COMPANHIA — Aposentada, Delzira Pereira do Couto, de 76 anos, tem no tratamento contra hipertensão a companhia do Farmácia Popular desde 2004. “Eu faço o tratamento de pressão já tem 20 anos e esse tempo todinho nunca comprei remédio para pressão. Às vezes, para a gente que ganha salário mínimo, qualquer tantinho que você economiza já faz muita diferença. Esse remédio que a gente recebe é importantíssimo, pelo menos pra minha vida é”, conta a idosa, paciente do Sistema Único de Saúde (SUS).  Com o tratamento em dia e as medicações prescritas à disposição, João Martins encontrou, somado ao Farmácia Popular, outro aliado na superação dos sucessivos problemas cardíacos que enfrentou: o esporte. Trajando camiseta que vestiu ao correr uma maratona, ele se orgulha de deixar para trás a situação de fragilidade causada pelas doenças e correr em direção a um estilo de vida que tem a saúde como linha de chegada. “Hoje sou recordista, maratonista na minha categoria. Sou o único atleta brasileiro a correr com sete próteses no coração, depois de cinco infartos. Vou caminhando, dando trotezinho”, se empolga ao contar sobre a atividade física praticada.  RETOMADA — O Farmácia Popular foi criado pelo Governo Federal em 2004, para oferecer medicamentos e outros insumos de saúde para a população. Foi retomado com prioridade pelo presidente Lula no ano passado, com a inclusão de novas gratuidades, que incluíam remédios para osteoporose e anticoncepcionais e, em 2024, a distribuição de absorventes para pessoas em situação de vulnerabilidade e a estudantes da rede pública.  85% DAS CIDADES — Hoje, a iniciativa está presente em 85% das cidades brasileiras, o que equivale a 4,7 mil municípios, conta com mais de 31 mil estabelecimentos credenciados em todo o país e tem capacidade para atender 96% da população brasileira. Desde junho do ano passado, 560,4 mil mulheres acessaram medicamentos gratuitos para anticoncepção e osteoporose.  70 MILHÕES — Em 20 anos, mais de 70 milhões de cidadãos brasileiros foram beneficiados. A expectativa do Ministério da Saúde é universalizar o programa e cobrir 93% do território nacional. Para alcançar a meta, o credenciamento de novas farmácias foi aberto em 811 cidades, com prioridade para municípios que participam do Mais Médicos – uma estratégia que pretende reduzir os chamados vazios assistenciais. “Hoje temos capacidade para atender 96% da população com essa expansão. E um destaque às cidades da região Nordeste e Norte, que receberam a primeira unidade cadastrada. 352 cidades das regiões Norte e Nordeste passaram a ter o Farmácia Popular”, destacou Nísia Trindade.  PRESERVADO — A contenção orçamentária para cumprir o Arcabouço Fiscal não impede a implementação como planejada do Farmácia Popular. O orçamento continua maior que nos anos anteriores. Estão previstos R$ 3,4 bilhões em 2024 – 37% superior a 2022 (R$ 2,48 bilhões). O bloqueio no programa refere-se a uma reserva técnica que seria direcionada a outra iniciativa. Caso necessário, há possibilidade de recomposição durante o exercício por meio de remanejamentos.

Caixas-pretas da aeronave que caiu em SP foram achadas e serão analisadas; veja nome dos mortos

Fonte: Agência Brasil Os técnicos do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) já conseguiram achar os gravadores de dados e de voz da aeronave que caiu nesta sexta-feira (9) em Vinhedo, no interior de São Paulo. Os equipamentos serão encaminhados para Brasília para análise dos dados.  Segundo o chefe do Cenipa, brigadeiro do ar Marcelo Moreno, são dois gravadores: o Cockpit Voice Recorder, que grava as vozes dos pilotos e todo o som da cabine, e o Flight Data Recorder, que grava informações técnicas como velocidade da aeronave, inclinação, se estava com os flaps ou o trem de pouso baixado.   “Isso é importante para a investigação, para gente conseguir reconstruir o acidente, de forma a entender aquela ocorrência para entregar a prevenção de acidentes e a segurança de transporte para a sociedade”, explicou.  Ele informou que os dados serão analisados com a maior celeridade possível, mas a investigação vai depender do estado em que os equipamentos foram encontrados.  “Depende do grau de destruição dos gravadores. Nós temos capacidade de fazer a extração estando os gravadores até muito danificados, mas depende de cada evento. Porventura, teremos que levar para o fabricante dos gravadores, nos Estados Unidos, pois temos grande necessidade de descobrir o que aconteceu. Não consigo dizer agora com quanto tempo isso irá acontecer”, informou Moreno.  Atualmente, existem dois laboratórios no Hemisfério Sul com capacidade de analisar as caixas pretas, um na Austrália e outro no Cenipa, em Brasília.  O Cenipa não adiantou quais seriam as causas do acidente. Moreno informou que todas as informações sobre o voo serão analisadas para a elaboração do relatório final sobre o acidente.  “Tudo é muito importante para a nossa informação. A nossa investigação é integrativa e envolve fatores humanos, operacionais e materiais. Todas as informações, sejam elas de controle aéreo, de meteorologia, tudo será coletado na primeira fase para posterior análise dos dados”, disse.  Acidente aéreo A aeronave, um turboélice modelo ATR-72, matrícula PS-VPB, caiu enquanto fazia o voo 2283, de Cascavel (PR) a Guarulhos (SP). A queda ocorreu em Vinhedo, no interior de São Paulo, e deixou 61 mortos (passageiros e tripulantes).  Passageiros A Voepass Linhas Aéreas divulgou à imprensa a lista contendo os nomes dos passageiros que estavam no voo 2283, operado pela aeronave ATR-72, de Cascavel (PR) à Guarulhos (SP), que caiu no início da tarde desta sexta-feira (9). A morte de 57 passageiros e de 4 tripulantes foi confirmada. A informação corrige o número de 58 passageiros divulgado anteriormente. A Voepass está prestando informações às famílias pelo número 0800 9419712. Passageiros do voo 2283:  ROSANGELA SOUZA  ELIANE ANDRADE FREIRE  LUCIANI CAVALCANTI  JOSE FER  DENILDA ACORDI  MARIA AUXILIADORA VAZ DE ARRUDA  JOSE CLOVES ARRUDA  NELVIO JOSE HUBNER  GRACINDA MARINA CASTELO DA SILVA  RONALDO CAVALIERE  SILVIA CRISTINA OSAKI  WLISSES OLIVEIRA  HIALESCARPINE FODRA  DANIELA SCHULZ FODRA  REGICLAUDIO FREITAS  SIMONE MIRIAN RIZENTAL  JOSGLEIDYS GONZALEZ  MARIA PARRA  JOSLAN PEREZ  MAURO BEDIN  ROSANGELA MARIA DE OLIVEIRA  ANTONIO DEOCLIDES ZINI JUNIOR  KHARINE GAVLIK PESSOA ZINI  MAURO SGUARIZI  LEONARDO HENRIQUE DA SILVA  MARIA VALDETE BARTNIK  RENATO BARTNIK  HADASSA MARIA DA SILVA  RAPHAEL BOHNE  RENATO LIMA  RAFAEL ALVES  LUCAS FELIPE COSTA CAMARGO  ADRIELLE COSTA  LAIANA VASATTA  ANA CAROLINE REDIVO  JOSECARLOS COPETTI  ANDRE MICHEL  SARAH SELLALANGER  EDILSON HOBOLD  RAFAEL FERNANDO DOS SANTOS  LIZIBBA DOS SANTOS  PAULO ALVES  PEDRO GUSSON DO NASCIMENTO  ROSANA SANTOS XAVIER  THIAGO ALMEIDA PAULA  ADRIANA SANTOS  DEONIR SECCO  ALIPIO SANTOS NETO  RAQUEL RIBEIRO MOREIRA  ADRIANO DA LUCA BUENO  MIGUEL ARCANJO RODRIDUES JUNIOR  DIOGO AVILA  LUCIANO TRINDADE ALVES  ISABELLA SANTANA POZZUOLI  TIAGO AZEVEDO  MARIANA BELIM  ARIANNE RISSO   Tripulantes do voo 2283: EBORA SOPER AVILA  RUBIA SILVA DE LIMA  HUMBERTO DE CAMPOS ALENCAR E SILVA DANILO SANTOS ROMANO

Justiça absolve Neymar de pagar multa de R$ 16 milhões

A Justiça do Rio de Janeiro absolveu o jogador Neymar Jr. do pagamento de uma multa de R$ 16 milhões pela construção de um lago artificial na mansão do atleta, em Mangaratiba, na Costa Verde fluminense. O efeito suspensivo do auto de infração foi publicado nesta segunda-feira (5). A decisão é da desembargadora Adriana Ramos de Mello, da Sexta Câmara de Direito Público do Tribunal de Justiça. A magistrada escreveu, na decisão, que um laudo emitido pelo Instituto Estadual do Ambiente (Inea) “não constatou danos ambientais ou intervenções que precisassem de licenciamento do instituto nas obras do lago artificial do atleta”.  O laudo apresentado nos autos do processo foi solicitado pelo Ministério Público do Rio de Janeiro. A decisão da magistrada acompanhou o apontamento do laudo emitido pelo Inea, que não constatou danos ambientais ou intervenções que precisassem de licenciamento do instituto nas obras do lago artificial do jogador.  A desembargadora Adriana Ramos Mello disse que “há evidente desproporcionalidade entre a conduta imputada ao autor e as sanções impostas”.  “Diante do exposto, defiro o pedido de antecipação da tutela, devendo a parte ré suspender a exigibilidade dos autos de infração elencados na inicial em nome do autor, no prazo de até 72 horas, sob pena de multa diária de R$ 10 mil reais”, decidiu a desembargadora. Interdição Após várias denúncias, a Secretaria de Meio Ambiente de Mangaratiba interditou, no dia 22 de junho do ano passado, a construção de um lago artificial na mansão do jogador no condomínio Aero Rural, por degradação ambiental. Na ação de fiscalização, foi verificado, segundo a secretaria, que não havia licença ambiental ou de obras a ser apresentada pela empresa contratada para a construção.  A defesa de Neymar entrou com recurso no dia 24 de julho de 2023. Foto: Lucas Figueiredo – CBF Fonte: agência Brasil