Saúde
Atraso na liberação de IFA não é problema só do Brasil, diz diplomata

O diretor do Departamento de Direitos Humanos do Ministério das Relações Exteriores, João Lucas de Almeida, afirmou nesta quinta-feira (9) que o Brasil não tem sido penalizado propositadamente com atrasos na liberação de insumos farmacêuticos para produção de imunizantes contra a covid-19.
“Não temos indicação de que eventuais atrasos que já tenham ocorrido, ou eventualmente poderão ocorrer, são diferentes da situação que outros países enfrentam. Pelo contrário. A nossa indicação é de que a China tem priorizado o Brasil, e temos excelentes contatos em todos os níveis de governo para manter o fluxo de IFA [ingrediente farmacêutico ativo] assegurado”, disse.
Em audiência na Comissão Temporária da Covid-19 no Senado, o diplomata reconheceu que há um desafio no curtíssimo prazo para o acesso a vacinas contra o novo coronavírus, ainda que, no médio prazo, haja perspectiva de um “suprimento adequado”. “Os poucos países que têm capacidade produtiva de imunizantes têm se voltado para atender os mercados domésticos”, afirmou Almeida, referindo-se à Índia, à Rússia, aos Estados Unidos e à China.
Especificamente sobre a China, João Lucas de Almeida ressaltou que o Brasil tem mantido contatos regulares e intensos com as empresas produtoras e sobretudo com o governo, para assegurar que os insumos farmacêuticos ativos serão liberados tal qual contratados.
Almeida disse ainda que o novo chanceler Carlos Alberto Franco França, que tomou posse terça-feira (6), cobrou maiores esforços junto aos principais fornecedores para tentar aproveitar o “excesso de vacinas que tenham sido contratadas”.
Assim como o diretor do Instituto Butantan, Dimas Covas, na mesma audiência, o chefe da Divisão de Propriedade Intelectual do Ministério das Relações Exteriores, Maximiliano Henriques, destacou que a suspensão do direito de propriedade intelectual sobre vacinas contra a covid-19, bem como a renúncia das patentes farmacêuticas, não é o “caminho recomendável, nem ajudará nos esforços nacionais para o combate à covid-19”.
Para Maximiliano, tal medida poderá prejudicar o Brasil na concepção de objetivos e na habilitação futura para enfrentamento dos efeitos duradouros da pandemia ou de novas epidemias virais.Uma proposta que pretende suspender direitos intelectuais sobre a produção de vacinas, com votação prevista para esta semana no plenário do Senado, foi retirada de pauta a pedido dos líderes governistas na Casa.
Uma proposta que pretende suspender direitos intelectuais sobre a produção de vacinas, prevista para ser votada no plenário do Senado essa semana foi retirada de pauta a pedido dos líderes governistas na Casa. Para o representante do Itamaraty a dificuldade de acesso a vacinas no país está diretamente relacionada à falta de capacidade produtiva para expandir a oferta mundial. “O aumento da capacidade produtiva, em qualquer lugar do Brasil, deve ser habilitado em toda sua extensão”, afirmou.
Edição: Nádia Franco


Saúde
Covid-19: em uma semana, mortes aumentam 8% e casos 6%

O total de mortes registradas em decorrência da covid-19 cresceu 8% na Semana Epidemiológica (SE) 14, de 4 a 10 de abril. Neste período, foram registrados 21.141 novos óbitos, contra 19.643 confirmados na semana anterior. A média móvel de mortes (total de vidas perdidas pelo número de dias) na SE 13 ficou em 3.020.
O resultado foi mostrado no Boletim Epidemiológico do Ministério da Saúde sobre o coronavírus de número 58. O documento reúne a avaliação da pasta sobre a evolução da pandemia, considerando as semanas epidemiológicas e o tipo de mediação empregada por autoridades de saúde para essas situações.
A curva de mortes durante a pandemia mostra um aumento intenso a partir do fim do mês de fevereiro. O resultado da SE 14 é quase o triplo de dois meses atrás, quando na SE 6 foram registrados 7.528 novos mortos.
A soma de novos casos confirmados também teve acréscimo, mas menor, de 6%. O resultado reverte a tendência de queda da semana anterior (SE 13), quando houve 14% de queda sobre a semana epidemiológica 12.
Nesta última semana (SE 14) foram registrados 491.409 novos diagnósticos positivos de covid-19, contra 463.235 novas notificações de pessoas infectadas com o novo coronavírus na semana anterior. A média móvel foi de 70.201.
Estados
Conforme o boletim epidemiológico, sete estados tiveram aumento de casos na Semana Epidemiológica 14, enquanto doze ficaram estáveis e oito tiveram redução. Os acréscimos mais efetivos ocorreram no Ceará (36%) e no Pará (32%). Já as quedas mais intensas se deram no Maranhão e Amapá (-19%).
Quando consideradas as mortes, o número de estados com incremento das curvas foi de 13, oito ficaram estáveis e outros seis tiveram diminuição em relação ao balanço da semana anterior. Os aumentos mais representativos foram registrados no Paraná (53%) e Amazonas (51%). As quedas mais expressivas aconteceram no Tocantins (-21%) e Rio Grande do Sul (-19%).
Mundo
O Brasil se consolidou como país com mais novas mortes e aumentou sua diferença para o 2º colocado (6.870), os Estados Unidos. Os números brasileiros foram quase o triplo das vidas perdidas entre os norte americanos.
Em seguida vêm México (5.201), Índia (4.652) e Polônia (3.439). Enquanto a curva do Brasil sobe de forma intensa, a curva de mortes dos EUA vem fazendo movimento inverso. Quando considerados os números absolutos de mortes desde o início da pandemia, o Brasil segue na 2ª posição, atrás dos Estados Unidos (351.334).
O Brasil deixou de ser o país com mais novos casos, liderança que foi ocupada pela Índia (873.296). Em seguida vêm Estados Unidos (478.831), Turquia (353.281) e França (199.140). Na comparação em números absolutos, o Brasil fica na 2ª posição, atrás dos EUA (31,1 milhões).
Edição: Aline Leal
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