Virtú (eficácia política) e Fortuna (sorte) são essenciais ao Príncipe, segundo conceitos de Maquiavel. E se é assim,o governador Renato Casagrande (PSB) não pode reclamar do acaso lá em Marataízes.
A sorte sorriu ao candidato à reeleição com o despacho do juiz determinando a volta do prefeito Tininho Batista (sem partido) ao cargo, neste final de semana.
Com o prefeito no posto, o que era bom para Casagrande, ficou melhor. Tininho, que já tinha entrado de corpo e alma na reeleição do socialista, agora acrescenta mais um elemento importante nessa mistura: o poder.
A volta alimenta, dá força, mais ânimo. E se ele já tinha feito três reuniões com esse objetivo, podem saber que elas se multiplicarão em todos os bairros litorâneos. O poder é afrodisíaco.
Em um almoço na última sexta-feira (7) aqui em Cachoeiro, o prefeito me disse que “estava em campo com todas as forças trabalhando pelo Casagrande”. E “indo pessoalmente aos amigos falar da necessidade da reeleição, dada a parceria política que o governador tem com Marataízes”. Quer dizer, isso agora ganha mais corpo, certamente.
A diferença em favor de Manato (PL) em Marataízes foi grande no primeiro turno. O candidato do PL teve 13.591 enquanto Casagrande 7.807 votos. O número de eleitores lá é de 31.322 votos. Lembrando que no primeiro turno o prefeito não estava no cargo e bem distante das ruas. Mas nesse segundo turno está de volta.
E Tininho nas ruas tem força. Se percorrer a cidade, como ele fez na sua reeleição, de casa em casa, conversando olho no olho, pode fazer a diferença com o seu carisma.
Atualmente é o maior líder político dentro do município. Um trator eleitoral pra ajudar a diminuir a distância de Manato sobre Casagrande. Se vai conseguir, o tempo dirá.
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”Quem perdeu o trem da história por querer / Saiu do juízo sem saber / Foi mais um covarde a se esconder / Diante de um novo mundo” – Canção do Novo Mundo (Beto Guedes)