Os recados de Tininho Batista

O sucesso do evento que marcou o lançamento da pré-candidatura da chapa Luiz Almeida (Republicanos) e Cris da Saúde (PSB) em Marataizes está explícito nesta foto que ilustra a matéria. Mas o registro fotográfico não diz o necessário, apesar de dar um recado claro a Jaiminho (PL) e a Toninho Bitencourt (Podemos): não vai ser fácil ganhar da máquina. Mas essa não foi a única mensagem. O encontro político serviu para acabar com o nhénhénhem que ainda circulava em Marataízes de que Tininho Batista (PSB), padrinho da pré-candidatura de Luiz, pudesse trocá-lo por outro nome. Quando ouvia esse comentário, às vezes até de pessoas próximas dele, pensava comigo: eles não conhecem o prefeito. Tininho é convicto daquilo que faz. Alguém pode até dizer que é teimosia, mas para um homem público que chegou aonde chegou vindo do nada, eu chamaria de convicção. Às vezes excessiva… Mas convicção! Eis o candidato dele, mostrado mais uma vez diante de umas 700 pessoas na Pousada do Paulinho na última sexta-feira. Mostrado aos 8 vereadores presentes, aos 9 partidos que compõem a frente, e a lideranças estaduais presentes. Mais que isso: mostrado àqueles, principalmente os mais próximos, que ainda estavam incrédulos de que Luiz Almeida realmente fosse o candidato a prefeito de Tininho.  Ame-o ou deixe-o não é a frase ideal que Tininho usaria para dizer ao seu grupo a importância de abraçarem Luiz, como ele abraçou. Talvez trabalha e confia. O prefeito tem trabalhado muito nessa tarefa de mostrar aos aliados que ou se ganha com Luiz ou se perde com Luiz. Não há outro caminho. E esse evento de agora foi o sinal definitivo. E o prefeito confia piamente que pode elegê-lo.  A máquina com seu peso tem muito a ajudar Luiz, o prefeito nas ruas então nem se fala. Mas há o tempo em que o candidato tem que nadar com os próprios braços. Terá de ir aonde a máquina e o prefeito não poderão levá-lo. E se ainda, em alguém, existir a dúvida de que poderá ganhar as eleições, que ele leve, por si mesmo, a confiança a esta pessoa. Que assuma os compromissos necessários para estabelecer vínculos eleitorais. Há uma ponte entre o candidato e o eleitor que só quem está na construção do voto pode atravessar. A transferência do voto tem seus próprios limites. O prefeito tem mostrado a cada dia sua força, como mostrou semana passada. Cabe ao candidato mostrar a sua também para dissipar qualquer dúvida de que chegou pra valer na disputa pelo voto. Fonte próxima ao prefeito relata que ele estava esperando esse evento para mudar sua postura junto a alguns do seu grupo, na esperança de que esses alguns mudem suas posturas diante do seu candidato. Como diria o personagem do “Auto da Compadecida”: o tempo da mentira já passou.      

Fechamento de aliança pode mudar rumo de eleições em Itapemirim

Fonte próxima a um dos prefeitáveis em Itapemirim garante estar muito perto o fechamento de uma aliança entre o ex-prefeito Thiago Peçanha (PSB), o ex-secretário de Saúde, Alex da Saúde (Podemos), e o presidente da Câmara, Paulinho da Graúna (Republicanos). Se esse cenário se concretizar e o acordo vingar, a eleição ficará de fato polarizada entre a máquina, sob o comando do atual prefeito Dr. Antônio Rocha (PP), e esse grupo que ainda não definiu quem será o candidato. Sem entrar no mérito de quem poderá ser ou não ser o cabeça de chapa, mas o fato é: uma vez concretizada, essa aliança obriga aos outros nomes  da disputa, no caso Geninho (PDT) e João Bechara (PSDB), a redefinirem suas estratégias. Naturalmente que não estariam fora do processo, mas necessariamente teriam de se reinventar para não serem engolidos pela polarização que se desenha. Uma das opções aos primos Geninho e Bechara será a união. Uma chapa familiar ficaria forte, sem dúvidas. Outra opção seria, tanto para um quanto para outro, alinharem-se a um dos grupos. Sozinhos, ambos viram comida de onça. A veracidade da informação recebida, e que está sendo divulgada aqui neste momento, será sabida em breve porque na política existe uma grande verdade chamada calendário eleitoral. Dele, os atores políticos não fogem. Portanto é natural neste momento próximo às convenções partidárias o afunilamento dos nomes em projetos únicos, ou a separação definitiva dos atores em caminhadas divergentes. Para o futuro de Itapemirim, e para o bem da governabilidade a partir de janeiro do ano que vem, é de bom tom que haja o máximo de junções possíveis e, por conseguinte, o mínimo de candidaturas. Seguindo como está, com 6 pré-candidatos, teremos um município pequeno, e já esfacelado pela divisão política e fragilidade administrativa, ainda mais dividido futuramente. É urgente que haja convergência de projetos. Ano após ano, Itapemirim tem perdido as boas oportunidades de crescimento proporcionadas pelo dinheiro dos royalties petrolíferos. Esse dinheiro um dia acaba. E o que fica? Que os partidos e os pretensos candidatos tenham juízo e sentem à mesa o quanto antes. Se acontecer, a junção entre Thiago Peçanha, Paulinho da Graúna e Alex da Saúde vai forçar a conversa entre os demais atores. E Itapemirim pode sair mais forte. Aguardemos.      

Com apoio de 9 partidos, Dr. Abílio volta ao jogo político em Castelo

Em Castelo, uma frente de 9 partidos trabalha em torno de um nome para enfrentar o atual prefeito João Paulo Nali (PTB). As reuniões têm acontecido com frequência. Os partidos são União Brasil, MDB, PSB, Cidadania, PSDB, DC, PDT, Podemos e PSD. E o nome que surge com mais força para enfrentar Nali é o experiente ex-prefeito Dr. Abílio. O nome do médico, que está no União Brasil, não surge por acaso. Estrategicamente estaria representando a área de Saúde de Castelo que se mostra descontente com os rumos do setor, sobretudo na relação com a Santa Casa local. Outro mote dos partidos que se alinham com Dr. Abílio seria combater o isolamento vivido pelo município. Segundo uma fonte ligada ao grupo, Castelo está distante do Governo do Estado e de outras lideranças importantes do Espírito Santo por conta do estilo personalista que Nali adota no poder. Verdade ou não, nota-se nesse agrupamento de partidos contra Nali o PSB e o MDB, notadamente as siglas do governador Renato Casagrande e do vice-governador Ricardo Ferraço, respectivamente. “Esses partidos querem tirar Castelo do isolamento político pela falta de articulação do atual prefeito. Uma frente preocupada com a sociedade civil organizada do município que nessa administração está isolada, sem dialogar fazendo uma administração fechada”, revelou a fonte, pedindo a preservação do nome. Um outro nome que surge contra o prefeito João Paulo Nali é o de André Casagrande (PT), que também está colocado como pré candidato. Porém, existem conversas internas com essa frente de partidos e há chances dele apoiar Dr. Abílio. Por fim, para a candidatura de vice-prefeito nessa chapa encabeçada pelo Abílio surgem na mesa das discussões os nomes do vereador Vermelho, do empresário setor de mármore e granito Cássio Colodete e o médico Bruno Luzorio.  O governador Casagrande e o prefeito Nali mantêm um diálogo institucional, porém há de fato um grande distanciamento político. Logo, a participação do PSB nessas articulações para impedir a reeleição de Nali não é novidade em solo castelense.  

Dorlei Fontão trabalha e confia na decisão da Justiça; Paulinho Mineti observa

Ao voltar forte nas redes sociais, mostrando as sucessivas agendas junto ao povo kennedense, o prefeito Dorlei Fontão (PSB) passa a expor explicitamente uma intenção que até então só se revelara aos mais próximos: uma nova candidatura. Este mês de fevereiro de 2024 mostrou um novo Dorlei. Mais ousado e mais confiante que o seu recurso na Justiça será favorável e terá caminho livre para ser candidato, o prefeito já cumpre agenda de pré-candidato. E se disputar, será imbatível nas urnas de Presidente Kennedy.    Ao assumir em maio de 2019, cumprindo dever constitucional após afastamento da titular, Amanda Quinta, pela Justiça, o então vice-prefeito Dorlei permaneceu no cargo até as eleições de 2020 quando foi novamente conduzido à prefeitura. Aparentemente tratou-se de uma reeleição. Só que, talvez, não. O prefeito agarra-se em duas decisões da Justiça para provar que se disputar as eleições deste ano na verdade estará disputando pela segunda vez, e não pela terceira. Os casos que abrem essa brecha vêm do município de Cachoeira dos índios (PB) e do Estado de São Paulo, envolvendo o prefeito Allan Seixas de Souza e o vice-governador à época Geraldo Alckmin. Para evitar as delongas, indico a internet aos mais interessados. Os casos em voga podem ser conferidos em uma pesquisa no Google, no site Consultor Jurídico, especializado no mundo jurídico. No caso do prefeito a decisão passou pelo então ministro do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) Alexandre de Moraes.   Quem acompanha a situação de Dorlei de perto é o prefeito de Venda Nova do Imigrante Paulinho Mineti (PP). Seu caso não difere muito do ocorrido em Kennedy, já que também assumiu o poder por circunstâncias do destino em junho de 2019. Mas não pelo afastamento do titular, e sim devido a um caso de morte. No cargo, Mineti foi eleito em 2020 e também não considera aquele mandato como uma reeleição. Paulinho não entrou na Justiça, mas observa o processo e caso haja jusrisprudência certamente reivindicará o direito de disputar as eleições municipais deste ano. E um vez na disputa, dizem ser imbatível assim como o seu colega de Presidente Kennedy.   A informação que se tem é que ao menos uns 10 prefeitos Brasil afora estão juntos ao Dorlei Fontão neste processo. Uma espécie de causa coletiva com boas chances de serem bem sucedidos. Informações de bastidores dão conta que o processo que irá definir o futuro de Dorlei Fontão começa a andar mais rapidamente agora, após o carnaval. Não é a toa que ele também acelera sua agenda na rua, com o povo. Trabalhando e confiando, como ensina a bandeira capixaba. ********************************************* “Trabalha como se tudo dependesse de ti, e confia como se tudo dependesse de Deus” – Santo Inácio de Loyola

Internamente não há dúvidas! Leo Português será o candidato de Fabrício Petri em Anchieta

O secretário de Governo e presidente do PSB de Anchieta, Leo Português, está pronto para a candidatura de prefeito neste processo eleitoral de 2024. O cenário interno, segundo algumas fontes, é de definição em torno do nome do secretário como o pré-candidato do grupo que administra o município atualmente. Leo Português, como é conhecido, já passou por diversas secretarias do município, e há algum tempo vem demonstrando seu desejo de poder liderar o projeto político do grupo do atual prefeito, Fabrício Petri (PSB). O pré-candidato tem apresentado forte atuação nas redes sociais, sendo presença constante nas comunidades e os resultados já aparecem nos apontamentos políticos da cidade, com grande crescimento nos comentários de populares. Nos bastidores da política anchientense, Leo já é dado como certo para ser o sucessor de Petri, inclusive o anúncio oficial acontecerá em breve conforme apuramos. A única dúvida que ainda fica é de quem será o adversário de Leo Português na próxima eleição. 

A folia eleitoral de Geninho em Itapemirim

Quem disse que o ano no Brasil só começa depois do carnaval, não considerou que a política tem seu próprio mundo, e não para, nem mesmo na festa momesca.   Tem gente, como o vereador de Cachoeiro Juninho Corrêa (PL) que usa esses dias para decidir sua vida e, surpreendentemente, abandonar seu projeto maior que é ser prefeito. Outro, com muita pressa, tipo o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) nem esperou acabar o carnaval e tratou de fazer um vídeo convocando seu público para uma manifestação política em São Paulo. Entende-se a urgência dele, já que o seu futuro é duvidoso. Mas quem surpreendeu também foi o pré-candidato a prefeito de Itapemirim Geninho (PDT). Enquanto outros pulavam carnaval na praia, ele larga a praia rumo ao interior e realiza uma serie de agendas políticas. Garrafão, Coahb, Brejo Grande… e por aí foi. O rapaz não tá de brincadeira. Suas agendas sinalizaram aos adversários que está no páreo pra valer. Embora há quem diga que sua pré-candidatura é inviável, já que na família tem um outro pré-candidato, ele não está levando o assunto a sério e trabalha como se não houvesse amanhã. Se equacionar esse problema familiar, que não chega a ser um impedimento para a disputa, mas atrapalha muito, Geninho pode ir mais longe do que se pensa. João Bechara (PSB), primo do pedetista em primeiro grau, também padece do mesmo mal. Perde votos com o parente no páreo. Dizem que eles não se falam, logo é caso sem solução. Lá em Itapemirim sempre existiu bons conselheiros político. Vai que alguém mais experiente junte-os. Mas nesse caso talvez fosse necessário um padre, já que seria um milagre. A conferir. Mas política ainda é a arte de homem namorar homem. ************************************************************************************************** “Carnaval desengano / Deixei a dor em casa me esperando / E brinquei, desfilei, fui vestido de rei / Quarta-feira sempre desce o pano” – Sonho de um carnaval (Chico Buarque)

Juninho Corrêa, “o homem que virou suco”

Espremido igual carne antes de virar linguiça, o vereador e pré-candidato a prefeito de Cachoeiro Juninho Corrêa (PL) está sendo engolido pelo próprio sistema que ajudou alimentar dentro do seu partido. Está sendo fritado internamente, num processo político que vai culminar na sua saída. Se onde há fumaça há fogo, inegável dizer que essa fervura não é de agora e vinha esquentando desde o ano passado. Pessoas mais próximas do vereador já haviam sido alertadas que rumores indicavam que dentro do PL circulava o desejo de substituir sua pré-candidatura pela do outro vereador da sigla, o Léo Camargo. O motivo dessa troca seria o estilo mais agressivo do Léo Camargo, que mesmo com algumas denúncias vazias e sem provas contra a gestão Victor Coelho (PSB), agradava mais aos eleitores bolsonaristas que Juninho. O agora ex pré-candidato, marinheiro de primeira viagem no mundo político, acreditou demais no próprio sistema que alimentou. Como diria Noel Rosa num samba, “…e também morreu por ter pescoço, o inventor da guilhotina de Paris”. Juninho perdeu a cabeça de chapa do PL, já que todos os movimentos foram feitos no sentido de ser candidato. Tonto, abatido e muito decepcionado pelo movimento da cúpula do PL de Cachoeiro, amigos já temem que nem dispute as eleições mais. Estaria sem ânimo, sem rumo, até mesmo para seguir para outro partido. Desacreditou do sistema ao ser esmagado por ele. Está parecido com o personagem idealista do clássico filme brasileiro “O homem que virou suco”, que foi espremido igual uma laranja pelo sistema cruel que imperava (e impera) na sociedade brasileira. Juninho Corrêa é pessoa de bem, mas é carrasco e vítima de si mesmo, porque ajudou a alimentar cegamente tudo isso que hoje se virou contra ele. Então, que isso sirva para reavaliar seus ideais de vida, seus conceitos ideológicos, e seus próximos passos políticos. Caso eles ainda existam. ******************************************************************* “Tá rebocado meu compadre / Como os donos do mundo piraram / Eles já são carrascos e vítimas / Do próprio mecanismo que criaram” – As aventuras de Raul Seixas na cidade de Thor (Raul Seixas)   

Derrubador de gigantes, Casteglione avisa: “Serei candidato em qualquer cenário”

Em conversa recente com um personagem do primeiro time político do Espírito Santo – desses que ninguém faz movimento de candidatura sem consultá-lo –, Carlos Casteglione (PT), hoje pré-candidato a prefeito de Cachoeiro, deixou claro que vai disputar as eleições desse ano. O interlocutor fez breve leitura de cenário, e elencou vantagens e desvantagens que ele pode enfrentar caso realmente dispute. Ouviu e respondeu: “Quero disputar no melhor cenário possível, mas serei candidato em qualquer cenário”. De fato, os movimentos de Casteglione indicam isso. Tem se articulado, mesmo compreendendo as dificuldades de um petista disputar as eleições em uma cidade cujo eleitorado tende a ser de direita. Em seu favor, do ponto de vista externo, tem o fato de Lula ser novamente o presidente de República. Isso dá um gás a mais, embora o que conta mesmo é a desenvoltura do próprio candidato. Um fator interessante e que pode pesar negativamente para ele vem do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). O número de habitantes cachoeirenses caiu, e dentro do PT nacional existe uma estratégia de privilegiar candidaturas em cidades acima de 200 mil habitantes. Então, pode ser que não tenha o mesmo apoio financeiro da direção nacional, como em outros tempos em que se elegeu. Mas, vale lembrar que Cachoeiro ainda é uma cidade importante no ES. Isso conta. Favoravelmente pesa a experiência de ter governando por dois mandatos. É um político experiente. Certamente o mais experiente entre todos que vão disputar. Aliás, muita gente quer disputar e a divisão do eleitorado permite que ele sonhe alto. Mantendo pelo menos 5 candidaturas competitivas, indica-se que o vencedor possa ser eleito com um índice baixo de votos. Resumo do resumo, não se deve duvidar dos movimentos de Casteglione. Trata-se de um vencedor da política cachoeirense. Derrubador de gigantes. Venceu de uma vez só em 2008 Ferraço, Valadão e Zé Tasso, então imbatíveis. Derrotou o promissor político Glauber Coelho em 2012. Eleito e reeleito prefeito em duas disputas épicas.  Os tempos são outros, sim. Mas Casteglione, gostem ou não, é um vencedor da política cachoeirense. Já perdeu e ganhou eleições. É experimentado, conhece o eleitorado cachoeirense, conhece a cidade e o seu público. Não é nome que se descarte de véspera, ante de começar o jogo. E está de volta. **************************************************“ Mas eu agradeço ao tempo / O inimigo eu já conheço /Sei seu nome, sei seu rosto, residência e endereço / A voz resiste, a fala insiste, você me ouvirá / A voz resiste, a fala insiste, quem viver verá” – Belchior (Não Leve Flores) 

As mexidas de Victor Coelho dão novo fôlego ao governo

Não são apenas mexidas para oxigenar a máquina municipal. Olhando com lupa, além de buscar melhorar o desempenho administrativo, objetivo de todo mandatário, o prefeito Victor Coelho (PSB) começa se organizar para o embate eleitoral. E o faz primeiramente dentro de casa, dentro do seu partido. Mas antes, sobre melhorar a administração, tecnicamente a entrada de Diti (Dietrich Kaschner) na recriada Secretaria de Desenvolvimento foi uma grata surpresa. O empresário, conhecido em Cachoeiro pelo seu trabalho na Cimef sempre dialogou bem no setor produtivo, com ideias avançadas e que podem contribuir muito com o município. Na Secretaria de Mobilidade Urbana entra Victor Rabbi. Com bom currículo, a ideia é que o jovem ajude a destravar os gargalos econômicos, fortalecendo o empresariado municipal, onde circula com desenvoltura. Ou seja, o governo se aproxima ainda mais da classe empresarial, de olho, claro, numa sinalização importante para o processo eleitoral. Na política observa-se claramente o fortalecimento do PSB, partido do prefeito. A sigla sai de uma secretaria, que era de Agricultura, e passa a ter três.  Primeiro temos a Roselane de Araújo, que é peça importante dentro do PSB. Entrou na Secretaria de Desenvolvimento Social. Ela foi candidata a vereadora duas vezes, mas bateu na trave. É servidora efetiva, com trabalhos prestados na cidade. Depois vem a Thatiana Cardoso, que assume a Secretaria de Direitos Humanos e Cidadania, também socialista. Além disso, várias pessoas do PSB, a pedido da executiva municipal, entraram ou tiveram ajustes, para cima, dentro da estrutura administrativa. São uns seis nomes que ganham evidência. Sem tiver espaço para poesia na política, pode-se dizer que as mexidas do prefeito caracterizam um reencontro dele com PSB.  Mas não acaba aí. Passarinho me contou que ao acenar para sua sigla, Victor caminha para trazer de volta ao ninho socialista o ex-vereador Alexandre Bastos, e o também ex-vereador Fassarella. Nomes de peso eleitoral para as eleições proporcionais. Por fim, outro aceno, mas desta vez para o PDT. Fabrício do Zumbi, também ex-vereador e liderança importante do maior bairro de Cachoeiro, acaba de entrar no governo.  É o primeiro passo para uma futura aliança com o partido de Sérgio Vidigal. É o realinhamento administrativo do prefeito que, com isso, mexe não apenas no seu governo, mas no tabuleiro eleitoral da cidade. Mescla o técnico e o político, apostando em melhorar as chances de sua pré-candidata Lorena Vasquez, e fazendo boas entregas ao povo de Cachoeiro. ***************************************************** Parágrafo à parte, encerro com a entrada do jovem e experiente jornalista Filipe Rodrigues na Comunicação da prefeitura. Com 38 anos, mas de currículo extenso, já foi secretário em Presidente Kennedy e até mês passado em Marataízes. Agora volta a Cachoeiro onde iniciou na vida pública comandando esta mesma pasta no Governo Carlos Casteglione. Ele mescla o técnico com o político e tem excelente trânsito no jornalismo regional. Fora o defeito de ser vascaíno, é mais um bom nome que entra.

Paulinho Mineti marca gol de placa e consolida seu nome na região Sul-Serrana

Quase um ano antes de encerrar um ciclo vitorioso na sua curta vida de homem público, o prefeito Paulinho Mineti (Cidadania) marca um gol de placa ao anunciar a criação da Guarda Municipal de Venda Nova do Imigrante.   Embora Segurança Pública seja atribuição do Estado, nos municípios onde já existe a Guarda Municipal, caso de Cachoeiro de Itapemirim, é notório o avanço no setor. A população se sente mais segura e passa a contar com mais um ente em sua defesa, da sua família e do seu patrimônio. A Guarda de Cachoeiro foi criada há décadas pelo ex-prefeito Theodorico Ferraço (PP). De lá para cá vem aprimorando sua atuação. Só um exemplo: quando nasceu era desarmada, e hoje já evoluiu a ponto de usar armas. Outra função importante dos guardas municipais na maior cidade do Sul é cuidar do sistema de videomonitoramento, que fortalece de sobremaneira a segurança. Ou seja, uma vez aprovada pelos vereadores de Venda Nova do Imigrante, a criação da Guarda dá um passo importante para uma cidade mais segura. Os guardas têm tudo para formar uma importante parceria com a população e com as Polícias Militar e Civil, tornando-se mais uma ferramenta no bem estar de todos. E uma vez efetivada, haverá paulatinamente uma evolução das funções.  O prefeito Paulinho Minetti é uma grata revelação política da região Sul-Serrana. Ao lado do prefeito de Ibatiba, o Luciano Pingo (Republicanos), vem tomando conta do cenário das montanhas com seriedade, competência e sobretudo humildade. Mineti é um cara simples e do povo. Aprendeu no curso de História quando se tornou professor que o poder só vale a pena se exercido em favor do povo. É notório que também teve um bom professor: o ex-prefeito Bras Delpupo, de quem foi vice e acabou assumindo por um capricho do destino. Ao assumir, ainda inexperiente e de forma abrupta, teve a capacidade de se inventar na política. Mesmo com pouco tempo no poder, pouco mais de um ano, conseguiu se reeleger derrotando um gigante local: o ex-prefeito Dalton Perim (MDB). Vereador uma vez e com dois mandatos de prefeito, Paulinho Mineti está apenas começando. Poderá encerrar seu mandato ano que vem, e, pacientemente, esperar um novo teste nas urnas, tentando, quem sabe, uma vaga na Assembleia Legislativa. Começaria aí um novo ciclo, agora no Legislativo. Bem mais experiente e pronto para representar Venda Nova do Imigrante em outras arenas políticas, Mineti está à altura de fazer a região das Montanhas voltar a ter um representante local no cenário do Espírito Santo. Seu mandato prova isso.