Dr. Bruno Resende mira Câmara Federal e isso é bom para Cachoeiro e Sul do ES

Foto: Lucas S. Costa Mesmo cumprindo seu primeiro mandato na vida pública, Dr. Bruno Resende aposta em um grande salto ano que vem. Embora tenha todas as chances de se reeleger deputado estadual, devido ao bom trabalho na área da saúde, ele não se acomoda e vai em busca de uma vaga na Câmara Federal. Essa decisão (que faz muito bem para Cachoeiro, e eu explico nas próximas linhas) vinha sendo ventilada nos bastidores, mas ganhou forma definitiva nos últimos dias quando o deputado também anunciou que vai trocar de partido. Sai do União Brasil e segue para o Podemos. Esse novo rumo, que vai acontecer na próxima janela partidária que é quando a lei eleitoral permite a mudança de sigla, tem seus motivos e quem explica é ele mesmo para este colunista: “Tenho uma posição política clara. Hoje íntegro a base do Governo Casagrande e meu apoio seguirá nessa linha. Então, avaliei os partidos da base, que me fizeram convite, para definir minha casa. Na decisão estavam: ser ideologicamente compatível comigo, uma vez que tenho perfil de centro-direita, além, por óbvio, ter chapa competitiva a Câmara Federal, pois serei candidato a deputado federal. O PODEMOS reuniu essas características, além de ser um partido que já era próximo ao meu grupo em muitos municípios capixabas. Mantenho boa relação com União Brasil e minha saída não será traumática para ninguém. Conversei com presidente e seguiremos com boa relação e respeito mútuo”. A decisão de Dr. Bruno na busca por uma vaga em Brasília é muito benéfica para a região Sul, em especial para Cachoeiro. Desde Norma Ayub, o município e as demais cidades do entorno não têm um representante original da região, o que é muito ruim. E isso não é mero bairrismo, mas de fato uma necessidade regional, tanto no que diz respeito às emendas parlamentares, quanto a uma presença efetiva nas agendas desenvolvimentistas que aqui são travadas. Cachoeiro e Sul carecem de nomes em Brasília. Hoje o deputado federal Evair de Melo (PP), que é da região serrana, tenta fazer este papel, mas sua ligação umbilical apenas com o setor de mármore e granito reduz sua capacidade de articulação em outros setores da sociedade. Seu esforço é bem-vindo, mas não pode ser o único, dado o tamanho regional que temos. É preciso mais. Áreas cruciais como a saúde e desenvolvimento econômico, por exemplo, carecem de um debate mais qualificado e atuante da classe política. E para isso ser feito é necessário que nossos representantes vivam aqui, morem aqui, respirem o ar daqui. Os candidatos de outras regiões serão sempre bem-vindos a se somarem nesse esforço, mas é inadmissível que em uma bancada de 10 deputados o Sul não tenha unzinho sequer. A balança fica muito desproporcional e isso interfere no resultado final. O Voto Sul, movimento liderado pelo ex-deputado Camilo Cola, não foi inspirado apenas no sentido mesquinho de se obter votos. Quando foi pensado, tratava-se muito mais do que simplesmente o ganho na urna. Era o desejo real de se obter novamente a relevância política da região a partir de um (ou mais) mandato que estivesse próximo das cidades, debatendo seu dia a dia. Camilo dedicou seu mandato a isso, ainda que com suas limitações devido a idade avançada. E agora, cerca de 15 anos depois, Dr. Bruno Resende pode trilhar nesse caminho, a partir dessa pré-candidatura consolidada. Ou seja, defender uma agenda política voltada para o Sul, sem desmerecer ou desrespeitar as demais regiões. E parece que é isso que ele vai fazer, como explicou a este colunista: “Entendo que minha ida para Câmara Federal pode preencher dois vazios de representação importantes: primeiro, a não existência de representante da região Sul do estado. Isso faz com que tenhamos concentração de poder e consequentemente de investimentos em outras regiões. Segundo, a Saúde. Não há ninguém que tenha na Saúde a prioridade de mandato. Creio que tenha condições, baseado na minha experiência, de acrescentar protagonismo a essa pauta, que vai impactar em todo Espírito Santo”. Nesse contexto fez questão de mencionar Norma Ayub e Camilo Cola: “Norma foi uma ótima deputada e nossa última representante regional. Assim como Camilo Cola, Norma conseguiu trazer recursos importantes para nossa região. Respeito a toda bancada federal, mas chega a hora de voltarmos a ter protagonismo político na região Sul. O cenário político ainda não está totalmente claro, mas estou trabalhando muito para mostrar as nossas lideranças que temos condições de sentar à mesa com todos e traçarmos juntos os próximos avanços regionais”. Está dado o recado. E bem articulada, debatendo no seio da nossa região os problemas macros, e, claro, respeitando as especificidades de cada município, essa pré-candidatura tem tudo para ser muito forte, com chances reais de êxito. O tempo dirá. ******************************************************************* “Tempo, tempo, tempo, tempo, compositor de destinos” – Oração ao Tempo (Caetano Veloso)

No ritmo de Casagrande, no rumo de Ricardo

Informações de bastidores já davam como certo aquilo que foi confirmado ontem, terça-feira, dia 9 de dezembro, pelo governador Renato Casagrande (PSB) aqui em Cachoeiro: ainda neste mês sai o nome de quem será apoiado por ele para concorrer ao governo do Estado em 2026. Como o rio corre para o mar, e não o contrário, a correnteza ruma no sentido de Ricardo Ferraço (MDB). E não haverá surpresas, porque quem conhece de perto o governador confirma que ele está plenamente convencido de que o seu vice é o nome mais preparado para continuar o seu ritmo de trabalho e de investimentos em todos os 78 municípios capixabas. E há quem até crave a data: seria dia 18. O governador está em fase de consultas a aliados… mas já estaria também comunicando a lideranças e partidos o caminho que deve dar ao processo eleitoral. O rumo é indubitavelmente no sentido de Ricardo Ferraço. Mas por que Ricardo? O governador é a maior liderança política do Espírito Santo. Seu governo está voando na aprovação popular. Só para ter ideia: Lula (PT) deixou seu segundo mandato em 2010 com uma aprovação recorde do seu governo em 80%. Uma pesquisa dessa semana feita pelo Instituto Real Time Big Data (ouviu 1200 eleitores entre os dias 4 e 5, com margem de erro de 3% para mais ou menos, e nível de confiança de 95%) mostra que a gestão de Casagrande é aprovada por 80%. Números extraordinários para quem tá deixando um segundo mandato. Diante dessa realidade o que se vê é um governador plenamente tranquilo para decidir o melhor caminho. Não há desespero na escolha, até porque Casagrande deve ter uma ida tranquila para o Senado Federal ano que vem, como também mostram as pesquisas. Daí, mais que uma necessidade de um bom nome, trata-se de caminho a ser seguido com convicção. E ele está convicto. Mas por que Ricardo? Exatamente porque quando se coloca nas ruas o discurso de que o Espírito Santo precisa de ritmo e rumo, busca-se o nome de alguém que não paralise o ritmo de obras e investimentos que o governador tem dado ao estado, tampouco se desvie do rumo atual que foca não apenas em resultados numéricos, de caixa, mas que também olhe para o social.    Ricardo Ferraço, aos olhos do governador, se encaixa em dois perfis básicos: o da lealdade em continuar o projeto de governo que foi construído até agora, e, principalmente, o da experiência e capacidade de gestão para tocá-lo adiante. Mais que se comprometer em fazer, é preciso saber fazer. Talvez seja isso que diferencie o vice-governador de outros aliados que estão próximos de Casagrande e também desejam suas bênçãos políticas. Experiência não falta a Ricardo.   Foi vice-governador duas vezes, vereador, deputado estadual, deputado federal, senador, secretário de Agricultura, secretário de Planejamento, secretário de Desenvolvimento Econômico, e mais. É uma vivência que faz diferença para o cargo e Casagrande, mais do que ninguém, sabe disso. Somado a esse conhecimento técnico e administrativo, ele tem o tempero da política, essencial para quem governa.    O Ricardo Humano Contudo isso, ainda assim parecia faltar algo a Ricardo. Ele que sempre andou em outros grupos da política passou a viver o mundo casagrandista. Um mundo que lhe ensinou sobretudo a arte de que um governo não pode viver apenas empilhando resultados numéricos, mas a necessidade de enxergar por trás de cada número um rosto, um cidadão que quer mais educação, mais segurança e mais saúde. Que quer viver bem e melhor a cada dia. Ricardo sempre foi um bom técnico, e bom político. Bom de urna, sempre bem votado, mas ainda assim faltava a ele esse perfil mais humano, mais social, mais pé no chão, mais povão. Esse balacobaco que o político deve ter para gerar paixão. Ter torcedor, e não apenas ser um jogador entre tantos outros. É preciso mais que jogar, ter seu nome gritado pela torcida, e entrar em campo temido pelos adversários.   As redes sociais que mostram um Ricardo que compartilha sua capacidade de gestão no dia a dia do governo mostram também o ser humano Ricardo. Rubro-Negro, pai de família, fazedor de churrasco, comedor de barrinha de cereal e que beiça uma dose ou outra de vez em quando, como todo bom brasileiro. Suas redes sociais mostram um cara que assimilou de fato o mundo do seu líder, porque Casagrande é assim no dia a dia. Um cara que trabalha, mas que também tem vida além do trabalho. E nem só de trabalho vive o homem. Não sois máquinas, homem é que sois, ensinou Charles Chaplin. Ricardo Ferraço tem tudo para sair do próximo processo eleitoral como governador, mas se não sair governador, com certeza sairá um ser humano muito melhor. É isso que o dia a dia mostra. Ele entrou no ritmo de vida de Casagrande e encontrou um novo rumo político. ***************************************************** “De costas voltadas, não se vê o futuro / Nem o rumo da bala, nem a falha no muro” – Quem Me Leva Os Meus Fantasmas (Pedro Abrunhosa)

Casagrande não corre, voa; Ricardo e Pazolini consolidados; Vidigal e Borgo coadjuvam

A um ano das eleições, portanto cedo demais para qualquer prognóstico, pelo menos um cenário vai ficando bem sinalizado para o eleitor capixaba: o prefeito de Vitória, Lorenzo Pazolini (Republicanos) e o vice-governador, Ricardo Ferraço (MDB) vão chegar, de fato em 2026, como nomes bastante competitivos ao Palácio Anchieta. As últimas pesquisas do Instituto Paraná, mas principalmente a que foi divulgada ontem (7 de outubro) pela CNN Brasil, e feita pelo Instituto Real Time Big Data, mostram o alto nível de competitividade dos dois pretendentes, e a consolidação de seus projetos ao Governo do Estado. Os números também mostram que o governador Renato Casagrande (PSB) além de correr pelas ruas do Espírito Santo, como o mais novo atleta, está voando nos números para voltar ao Senado Federal. Lidera todos os cenários de disputa e seu governo tem avaliação recorde. Dos demais nomes, Paulo Hartung (PSD) sempre competitivo, mas, aparentemente, distante de pretensões eleitorais. Sérgio Vidigal (PDT) e Arnaldinho Borgo (Podemos) se consolidando cada vez mais como bons apoaidores, mas de fôlego limitado para acompanhar Ricardo e Lorenzo. Certamente serão coadjuvantes de luxo bastante requisitados. Pelo menos é o que os números iniciais indicam. A conferir: Aos números Pela Real Time Big Data, ambos seguem liderando a disputa, e se alternam entre primeiro e segundo em dois cenários diferentes, mas por margem de apenas 1% de diferença. Logo, há um empate técnico já que a margem de erro da pesquisa é de 3 pontos percentuais, entre 1200 pessoas entrevistadas nos dias 4, 5 e 6 deste mês. O nível de confiança é de 95%. Em um cenário Pazolini tem 27% das intenções de votos, seguido por Ricardo Ferraço com 26%. Depois vêm, empatados, mas distantes dos dois primeiros, Sergio Vidigal (PDT) e Arnaldinho Borgo (Podemos) com 11%. Por último Hélder Salomão (PT) com 5%. Votos Nulo e Branco somam 8% e Indecisos e que Não Responderam 12%. Em outro cenário Ferraço lidera com 31% dos votos, seguidos por Pazolini com 30%. Borgo tem 14%. A diferença dessa medição é que Sérgio Vidigal e Helder não tiveram seus nomes inclusos. Nulo e Branco 10% e Não Soube Não Respondeu  15%. E tem ainda um terceiro cenário desta vez com o enigmático Paulo Hartung (PSD). Mas sem Pazolini, Vidigal e Hélder. O ex-governador lidera com 33%; Ferraço tem 27%; e Borgo 14%. Nulo 10% e Não Soube Não Respondeu 16%. A pesquisa mediu a Rejeição dos nomes. Quem lidera é Helder Salomão (PT) com 42%. Sérgio Vidigal (PDT) tem 31%. Arnaldinho Borgo (Podemos) 30%. Paulo Hartung (PSD) 29%. Ricardo Ferraço (MDB) 27%. Lorenzo Pazolini (Republicanos) 26%. Senado A mesma pesquisa Real Time Big Data mostra dois cenários para o Senado Federal ano que vem. O governador Renato Casagrande (PSB) voa alto e lidera os dois quadros apresentados aos entrevistados. Casagrande tem 33%; Sergio Meneghelli (Republicanos) 15%; Josias da Vitória (PP) 11%; Fabiano Contarato (PT) 10%; Maguinha Malta (PL) 8%; Marcos do Val (Podemos) 6%; Nulo/Branco 8%; Não Soube Não Respondeu 9%. No outro cenário a pesquisa incluiu Hartung, que fica em segundo com 21%. Na sua frente o governador Casagrande com 31%. Depois aparecem: Meneghelli com 11%, Vitória com 8%, Contarato com 8%, Maguinha com 8%, Nulo 7%, Não Sobe Não Respondeu 6%. Casagrande O governador Renato Casagrande também segue em aprovação por 81%.  Desaprovação 16%. Não Soube Não Respondeu 3%. E a avaliação de desempenho: Ótimo/Bom 51%. Regular 36%. Ruim/Péssimo 12%. Não Soyube/Não respondeu 1%.

A roda que Camilo inventou – Por Luiz Trevisan*

Para quem veio de Castelo e chegou em Cachoeiro calçando tamancos, Camilo Cola foi longe. Andou pelos campos da Itália como soldado, na Segunda Guerra Mundial, no front economizava os cigarros que vendia depois. Na volta, a partir de uma linha de crédito especial para ex-combatentes, previu o avanço do setor rodoviário e nele investiu adquirindo um ônibus. Daí até erguer a Viação Itapemirim, que chegou a ser a maior da América Latina, gerando renda e emprego para muita gente – minha primeira carteira de trabalho assinada foi lá, escriturário. Contudo, Camilo Cola não conseguiu fazer um sucessor à altura, a empresa patinou na insolvência e foi virando um elefante desmontado no complexo tabuleiro jurídico da recuperação econômica. Em 2017, ele e família venderam a Viação Itapemirim. No dia 29 de maio de 2021, recolhido na fazenda Pindobas, seu xodó, morreu aos 97 anos. Ao longo de sua trajetória, em meio às atividades empresariais, sempre gostou da política e nela investiu até como forma de sobrevivência na selva dos interesses públicos. Ali fez manobras radicais: aderiu ao governo militar pós-1964, filiando-se à Arena, conhecido como “partido da ditadura”, isso entre 1966-1979. Depois ingressou no PSD, partido de centro. Com a redemocratização, rumou para o PMDB, entre 1986-2017, partido de centro-esquerda. Ficou famosa sua participação como candidato a senador, em 1986, numa chapa com o título de “Macaca”, pois reunia Max-Camilo-Camata. O primeiro era candidato a governador, Camilo e Camata (Gerson) concorrendo às duas vagas para o Senado. Parecia imbatível, pois reunia políticos renomados e um empresário bem-sucedido. Durante a campanha, ficaram famosas as “Cartas de Dona Inês” – uma invenção publicitária do jornalista Marien Calixte – publicadas nos jornais, onde a mulher de Camilo comentava a trajetória e os planos do marido no Senado. Apurados os votos, Max Mauro e Camata foram eleitos, mas Camilo perdeu a segunda vaga de senador para João Calmon, o que levou Dona Inês Cola a fazer um comentário bem humorado, diante das circunstâncias: “Dessa Macaca, Camilo ficou com a banana”. Voltaria a disputar nas urnas, em 2006, como candidato a deputado federal, aí sim com sucesso, pela legenda do PMDB. Curiosamente, antes dessa campanha havia resistências ao seu nome entre alguns caciques do partido temerosos da concorrência. Uma das manobras era negar a legenda para Camilo disputar. Na época, eu era redator de coluna política em A Tribuna, tomei conhecimento do fato e publique uma nota relatando os bastidores daquele boicote armado. A assessoria do empresário tratou de replicar aquilo em todos os canais possíveis. O clima pesou no partido e os “caciques” não tiveram mais como negar a legenda ao empresário. Tempos depois recebi um convite dele para ir ao seu camarote, antes de um show de Roberto Carlos, no ginásio Álvares Cabral, em Vitória. Ele queria me agradecer pela tal nota publicada. “Aquilo mudou o curso da minha história na política”, contou, ao me receber oferecendo uísque com caviar. Aliás, somente ali eu soube o que era caviar, só havia ouvido falar, como no samba do Zeca Pagodinho. Durante a conversa, um assessor comentou com Camilo que eu também tinha recebido um título de “Comendador”. Pontuei que agora éramos “iguais no título, e que a nossa diferença estava no saldo bancário”. Foi quando me confidenciou que no início da sua vida lavava carros para sobreviver, não tinha dinheiro para sapatos e usava tamancos. Daí o apelido antigo que ele então reciclou, divertido: “Agora sou o Comendador Tamanco”. Camilo Cola talvez seja o nosso maior exemplo de como a roda dos negócios gira rapidamente. Em cerca de 60 anos, outras grandes empresas que movimentaram a economia do Sul capixaba, como Lojas Dadalto, Calçados Itapoã, Transportadora Chein e Cimento Ouro Branco, sucumbiram, de um jeito ou de outro, mudaram de mãos, foram encampadas ou faliram engolidas pela concorrência. A história da Viação Itapemirim mostra como um sujeito pobre, que calçava tamancos, reinventou a roda do transporte e conseguiu ir tão distante.  ***************************************************************************************************************** *Luiz Trevisan é jornalista (Essa crônica inédita sobre Camilo Cola estará no seu próximo livro, a ser lançado até setembro deste ano.) Foto: Camilo Cola e sua esposa Inês Cola (gentilmente cedida por Alberto Moreira)

Endereço mais famoso de Cachoeiro de Itapemirim terá novos donos

“Nada do que foi será de novo do jeito que já foi um dia” – Nelson Mota/Lulu Santos Uma área nobre na chegada de Cachoeiro de Itapemirim, com aproximadamente 300 mil metros quadrados, totalmente arborizada e com infraestrutura privilegiada (incluindo estradas totalmente calçadas e galpões), marcou, por décadas, a vida dos cachoeirenses. Berço de riqueza e trabalho foi nela que a América Latina viu crescer a maior empresa de transporte rodoviário de passageiros: a Viação Itapemirim. Esse famoso endereço na Avenida Lacerda de Aguiar chegou a receber diariamente 3 mil funcionários no seu auge da Tecnobus (fábrica de ônibus própria da Itapemirim). Dali surgiram profissionais que posteriormente montaram seus próprios negócios e hoje, pequenos ou grandes empresários, colaboram ativamente com a economia do Espírito Santo. Pois bem, essa verdadeira escola profissional e principalmente de vida, que abrigava até o dia de hoje, 13 de maio de 2025, os últimos suspiros idealistas de Dona Ignês Cola e de Camilo Cola, vai encerrar suas atividades definitivamente. Cerca de seis ex-funcionários da empresa, que ainda atuavam no local servindo a família, entregam as chaves aos novos donos: um grupo de empresários investidores de Cachoeiro de Itapemirim. O que será no local ninguém sabe ainda. Uma empresa, um condomínio, um parque… Façam suas apostas. Para quem chega, um novo endereço de perspectivas. Para quem sai, um cemitério de sonhos e lembranças. Ao lado da área, agora de novos donos, ainda permanece a residência dos fundadores: Dona Ignês e Seu Cola. O imóvel não foi vendido por não fazer parte do patrimônio da Viação Itapemirim. Segue com a família. Já o restante, que inclusive vinha sendo fruto de uma guerra judicial, troca de mãos. Há quatro anos, no mês de maio, Camilo Cola fazia sua última viagem, rumo ao desconhecido. Quis o destino que também no mesmo mês seja colocada no seu famoso endereço uma placa amarela: aqui jaz.   Foto: Acervo da Família Cola 

Câmara Federal, um caminho difícil para Victor Coelho

Inicialmente cotado para disputar uma vaga na Câmara Federal, sendo inclusive uma das fortes apostas do seu partido, o PSB, Victor Coelho deve enfrentar resistência entre aliados que já consideram o projeto dificílimo para o ex-prefeito de Cachoeiro de Itapemirim. Os motivos são vários. O primeiro é o saldo eleitoral de 2024. O fraco desempenho da candidata Lorena Vasques (PSB), mesmo com a força da máquina administrativa, é o primeiro sinal de alerta. Apesar de o Victor ser o Victor, eleito e reeleito com folgas, a fotografia final do seu governo não foi boa, sobretudo o desgaste com a não conclusão da macrodrenagem. Isso atrapalhou muito ela e vai atrapalhá-lo também. Outro fator que vem sendo avaliado no meio político é o esfacelamento do grupo de vereadores que foi eleito nas asas do projeto socialista. Dos 11 eleitos que compuseram a tríade PSB, PDT e PSDB, uma conta simples atualmente mostra que caso Victor se aventure à Câmara Federal, hoje nenhum desses estaria com ele. Mas, se focar na Assembleia, pode reagrupar parte. Soma-se ainda a esses dois raciocínios iniciais a possibilidade de um embate ainda maior entre o grupo ferracista, que hoje governa Cachoeiro, com o grupo socialista. O clima nos bastidores não é bom desde o primeiro dia de governo do prefeito Ferraço (PP) e a aposta é que irá piorar nos próximos dias. Isso pode gerar desgaste a Victor. Vem tempo ruim aí, disse um marinheiro da política cachoeirense.    Para finalizar, existem as pré-candidaturas socialistas de Thiago Hoffman e Emanuela Pedroso, secretários estaduais de Saúde e Governo, respectivamente. Ambas vê comendo pelas beiradas os redutos do PSB na região Sul e isso atingirá em cheio Victor Coelho, caso ele insista em disputar a Câmara Federal. O ideal, avalia-se, é que o ex-prefeito associe-se a um desses nomes (ou aos dois) onde for possível, formando assim uma dobradinha e desça para deputado estadual. Em tese, seria um caminho mais fácil para que adquira um mandato futuramente e se fortaleça para disputar a prefeitura de Cachoeiro em 2028. O que é certo no bastidor é que aquela ideia inicial de uma dobradinha Victor e Lorena, para Câmara e Assembleia, ou vice-versa, não tem a menor razão de ser, e seria suicídio eleitoral para o ex-prefeito e atual secretário estadual de Turismo. ************************************************** Está cada dia pior o clima político em Marataízes. O grupo do atual prefeito Toninho Bitencourt (Podemos) e do ex-prefeito Tininho Batista (PSB) prometem grandes enfrentamentos de agora em diante. A semana iniciou com uma entrevista do ex-prefeito onde não economizou críticas a atual gestão. A bronca maior dele é saber sobre as dívidas que deixou, ou teria deixado, no montante de R$ 150 milhões, segundo números da nova administração. O caso está na justiça. E no pedido, Tininho pergunta o nome dos fornecedores e os valores devidos a cada um. Ainda não foi respondido. Pelo que se entendeu da entrevista, o ex-prefeito não nega que tenha deixado de honrar compromissos. O que lhe incomoda é o montante divulgado. Seriam números infinitamente menores. Por outro lado, aposta-se que o revide será nas contas do ex-prefeito que ainda serão votadas na Câmara Municipal. Este ano serão duas. O relatório está sendo preparado e a Câmara Municipal deve seguir o parecer do Tribunal de Contas que é pela rejeição das mesmas. Uma águia nesses assuntos diz que o problema dessas contas rejeitadas está em uma palavra: dolo. E nos dois relatórios constam. Se a Câmara afastar o dolo o ex-prefeito não fica inelegível. Isso é possível, com muita articulação. Porém, dificilmente os vereadores irão contra o parecer prévio do Tribunal que é pela rejeição. ************************************************** “Deus, grande Deus / Meu destino bem sei foi traçado pelos dedos teus” – Grande Deus (Cartola)

Crônicas e Fotos Bem Depois

Muitos vi de perto. De outros já não me lembro. Mas todos estiveram pelas ruas de Cachoeiro de Itapemirim à procura de alguém que captasse, com antena delicadíssima, suas histórias e formas de viver, e depois espalhasse crônicas que são verdadeiras fotos de suas vidas. Assim fez Wilson Márcio Depes em seu Fotocrônicas. É livro que não se lê com os olhos. Por isso, talvez, tenha demorado tanto para passar página por página, e parar em cada parágrafo, relembrando essas figuras doces e misteriosas que podiam ser vistas diariamente pelas ruas de Cachoeiro. Certamente por isso demorei décadas para ler e me emocionar. Aos poucos foram sumindo, todos eles, silenciosamente, como entre nossos dedos passam os anos de nossa breve vida. Dos personagens do belo livro do cronista cachoeirense, talvez Seu Zezinho seja o único que muitos conheçam ou ouviram falar. Os demais simplesmente desapareceram na poeira das ruas, anonimamente, mas não esquecidos.     Ler o Fotocrônicas foi me emocionar tanto pela lembrança de figuras lendárias do nosso cotidiano que já partiram, quanto por esse Cachoeiro que igualmente se vai, triste, pelo mesmo caminho de esquecimento. Nossa cidade está pobre e vazia de personagens. Nossas ruas passam por nós irreconhecíveis. E passamos por elas na esperança de ver alguém que relembre o que fomos. Não temos. Somos, no fundo, todos personagens que caberiam em um novo Fotocrônicas do escritor. Vagamos pelos bairros vazios do nosso glorioso passado, procurando o rumo que Cachoeiro perdeu. É uma cidade que aos poucos se vai anonimamente, como os personagens dos olhos do cronista. Não se fala aqui de dinheiro, de riqueza, mas de gente. Das mais simples às mais importantes. A Cachoeiro que tem os ricos de sempre está cada vez mais pobre. Não há dinheiro que pague a ausência de gente que respire sua cidade. Em uma das últimas vezes que estive com Marco Antonio Carvalho, biógrafo de Rubem Braga, no Mercado do Amarelo, já falávamos sobre a pobreza que se iniciava por aqui. Ao ler o Fotocrônicas hoje volta à memória essa conversa. Era uma conversa triste e ao mesmo tempo boa. Como cada rosto de cada personagem de Wilson Márcio Depes. O Fotocrônicas vale e valerá ser lido, agora ou muito tempo depois. Porque é um livro que fala de pessoas simples, mas sem as quais não se pode construir uma verdadeira cidade. *********************************************** “Tanta coisa eu tinha a dizer / Mas eu sumi na poeira das ruas” – Sinal Fechado (Paulinho da Viola)              

Ricardo Ferraço e o sonho que não envelhece

Vencer Ricardo Ferraço (MDB) nas eleições do ano que vem é vencer o conhecimento de um homem que viveu as grandes batalhas e os grandes momentos da política e da economia do Espírito Santo nesses últimos 30 anos. Não é, portanto, tarefa simples para quem quer ser governador do Estado. Na entrevista na Rádio Cultura, nesta semana, ao lado de Cesar Nemer, vi e ouvi um Ricardo preparado, e que disse com todas as letras que, no momento certo, vai colocar seu nome como candidato a governador porque tem desejo de governar o Espírito Santo. Não só desejo, mas, sobretudo,conhecimento, acrescento. Desde vereador em Cachoeiro, passando pela Assembleia Legislativa, Câmara de deputados e Senado Federal, o atual vice-governador constrói carreira sólida e vem acumulando experiências políticas e pessoais que fazem dele hoje um nome a ser batido no processo vindouro. Ricardo depende do governador Renato Casagrande (PSB) para efetivar seu sonho de governar. Depende de uma junção de forças para chegar mais longe, em uma engenharia que vem sendo trabalhada pelo líder maior do grupo, que só a faz porque entende que tem no seu vice um nome com capacidade de levar adiante tudo que vem sendo construído no Espírito Santo. Se o Espírito Santo é o Brasil que dá certo, Ricardo Ferraço é o político certo dentro de um grupo que se prepara para um enfrentamento eleitoral pesado em 2026. Sabedor disso, o governador robustece aquele que está pronto para o desafio maior. Os adversários sabem que vencer Ricardo é, ante de tudo, vencer um estado que está bombando, com índices sociais e econômicos que fazem inveja ao restante do território brasileiro. Não foi o vice-governador que fez isso, mas ele estava e está lá nessa construção coletiva que orgulha os capixabas. Vencê-lo, portanto, é superar um homem que conhece o Espírito Santo como a palma da sua mão e que tem diagnóstico completo dos nossos desafios, bem como a digital em nossas muitas vitórias. Está preparadíssimo para um projeto de continuidade que sacudiu e deu a volta por cima, transformando nosso estado nessa pérola de oportunidades e virtudes. Ricardo Ferraço (como diria Brizola) vem de longe, apesar de ser um jovem de 61 anos. Bebeu nas melhores águas da política capixaba. Mas, acima de tudo, adquiriu a virtude de saber esperar, pacientemente. Não gritou. Não esperneou. Não explodiu. Recolheu-se. Preparou-se. Fortaleceu-se. E está pronto. O voto é construído, e é preciso estar preparado para isso. Ricardo fala dos 78 municípios capixabas com a precisão e conhecimento de poucos. Sabe de suas vocações e deficiências, de números e nomes, de caminhos e descaminhos. Acumulou amizades e experiências administrativas que o capacitam. Como ele próprio diz: “quem quer chegar rápido, vai sozinho, mas quem que ir longe, vai junto”. Ricardo tem construído com muitas forças conjuntas a sua viagem longa, paciente, para chegar longe. E nunca existiu uma hora como agora.     Quem quiser derrotá-lo vai ter de derrotar um político extremamente preparado para governar o Espírito Santo. Não precisa nem comer um quilo de sal, mas, algumas barras de cereal, será necessário. Desde o abril sangrento, em 2010, o sonho de Ricardo Ferraço não envelheceu e nem envelhece. Está nele, vivo ainda. Quase maduro. Pronto para ser colhido pelos homens de boa vontade que estiverem juntos com aquele que está preparadíssimo para governar. Basta que o povo entenda e siga. ************************************************** “Por que se chamavam homens/ Também se chamavam sonhos/ E sonhos não envelhecem” – (Clube da esquina 2) – Marcio Borges/ Lô Borges/ Milton Nascimento      Foto de capa: site do MDB 

O sorriso discreto debaixo do bigode de Toninho Bitencourt

Toninho Bitencourt (Podemos) sem retrovisor. Sem olhar para trás. Foi isso que percebi na entrevista coletiva realizada pelo prefeito de Marataízes para falar dos seus primeiros 30 dias. Com um orçamento de R$ 420 milhões para trabalhar esse ano e com uma população aproximada de 42 mil, o prefeito vai poder dar sequencia na transformação que Marataízes tem vivido nos últimos anos… tranquilamente. Toninho não ficou a lamentar o que passou em relação ao governo anterior. Tanto que sequer tocou no nome do antecessor. Estava de bom humor, de bem com a vida, posso dizer. Quando diz que exite um déficit de R$ 150 milhões, não entendo como algo choroso, mas uma constatação. É preciso dizer, como disse, o que não significa choro em cima da mesa. Diz, necessariamente, e, em seguida, toca a bola para frente, como tocará inexoravelmente. Sua crítica mais contundente tratou-se da obra realizada na Lagoa do Meio. Sobre isso, ainda teremos cenas dos próximos capítulos a conferir. Foram palavras duras onde chegou a dizer categoricamente que “o colega de partido do governador” enganou o governador ao inaugurar uma obra mal feita. Só para registro: Tininho Batista, ex-prefeito, é do PSB, partido de Casagrande. Parou aí. Porém sua equipe não deixou de espetar o passado quando o assunto foi gestão. A secretária de Fazenda Valquíria Goulart lembrou que houve uma queda de arrecadação lá em 2023 e que teria faltado cuidado do quem estava no comando quando não efetuou cortes de gastos. O Tribunal de Contas recomendou e o ex-prefeito não fez. Porém, a própria secretária lembrou com otimismo que a atividade da nova plataforma Maria Quitéria somada à Jubarte darão bons frutos, e no mês de março se observará as melhoras de orçamento. E lá para junho as perspectivas de arrecadação dos royalties devem estabilizar os cofres. Em síntese, as palavras tranquilizadoras da secretária correspondem ao bom humor de Toninho. Um paralelo: quando saiu no último ano do seu último mandato, há 16 anos, o prefeito administrou com R$ 34 milhões. Nesse ano ele terá R$ 420 milhões. A população aumentou, a cidade cresceu, os problemas são outros, mas há dinheiro abundante para quem se intitula “bom gestor”. Logo, as expectativas são ótimas. Outro ponto a ser falado em relação a esse primeiro contato do prefeito com a imprensa: a demonstração de união de Toninho com sua equipe, com seu vice-prefeito William Duarte (MDB) e com o presidente da Câmara de Vereadores, Erimar Lesqueves (MDB). O prefeito não monopolizou a coletiva. Deixou jornalistas à vontade para falar e direcionar as perguntas a qualquer secretário. Ou seja, deu liberdade e autonomia para que cada qual fale por sua respectiva pasta.  Isso mostra confiança na equipe, e união política também. Parece coisa simples, mas nem sempre se vê por aí. O próprio espaço dado ao vice-prefeito, colocado o tempo todo como seu braço direito, já mostra um diferencial deste governo. Wilhiam não será figurativo. Será figura importante na gestão, proporcionalmente ao tamanho que igualmente teve na campanha que levou o prefeito ao poder. A presença do presidente da Câmara na mesa, bem ali na frente, demonstra também que o prefeito terá nos vereadores bons aliados. Erimar foi prestigiado. Não foi apresentado apenas como mais um na coletiva. Foi chamado para estar ao lado do prefeito, do vice e da secretária de Fazenda. Parece nada demais, mas para bons entendedores da política isso é um sinal relevante. Por fim, destaca-se o papel que o secretário de Administração João Batista terá no governo de Toninho. Ele, que foi crucial na campanha do prefeito, certamente também será no mandato. Estava na primeira fileira próximo ao prefeito e foi o único, além da secretária de Fazenda, a fazer uso do microfone, destacadamente. Para bons entendedores, são sinais perceptíveis. Por falar em percepção, poucos perceberam, mas bem debaixo do bigode de Toninho Bitencourt havia um sorriso discreto de felicidade, de quem sabe que será bem sucedido no mandato. Tem experiência administrativa, tem dinheiro, ambiente político favorável e, ao que parece, tem uma equipe unidade. A conferir se a felicidade se concretiza ao longo dos anos. Mas como a primeira impressão é a que fica, pode-se dizer que ela é boa. Ainda que discretamente, é um sorriso feliz de quem volta para cumprir o destino de um segundo mandato, interrompido numa reeleição mal sucedida há quase 20 anos. Na fotografia estão todos felizes, diria o maestro soberano Tom Jobim. E essa primeira impressão é a que fica. E ela é boa, como é boa a brisa mansa do mar de Marataízes.

Perfil conciliador leva Alexandre Maitan à presidência da Câmara de Cachoeiro

Experiente e conciliador, no seu quinto mandato consecutivo como vereador, Alexandre Maitan (União Brasil) foi eleito por unanimidade nesta quarta-feira (1) para presidir a Câmara Municipal de Cachoeiro de Itapemirim. O novo presidente contou com movimentação do grupo ferracista para ser eleito, mas apenas nos dias finais. A candidatura dele evoluiu pelas suas próprias qualidades políticas e também porque outras tentativas não foram bem sucedidas. Outros nomes tentaram, mas sucumbiram ao processo antes mesmo de adquirir força. Pode-se dizer que o governo acabou aderindo ao nome de Maitan porque viu um caminho já bem encaminhado entre os vereadores e aí entrou em campo para o xeque-mate. As movimentações foram feitas pelo vice-prefeito Juninho Corrêa (Novo) e pela secretária de Saúde Renata Fiório. Mas claro que não se imagina que isso tenha ocorrido sem o aval do prefeito Theodorico Ferraço (PP). Diante desse cenário, pode-se dizer que o prefeito Ferraço saiu vitorioso no seu primeiro teste junto aos vereadores, o que não significa necessariamente que terá vida fácil na Câmara porque sempre tem os insatisfeitos. Mas iniciou bem seu mandato no campo político. Mas a verdade verdadeira é que o perfil do vereador Maitan foi o seu grande trunfo para ser eleito. Sereno, pacificador, com longa experiência na Câmara, o novo presidente não tem adversários. Faz uma política limpa, pelo que se sabe. Construiu sua história vitoriosa em um trabalho persistente de busca pelo voto nas suas bases interioranas. Se um prefeito gosta de governabilidade, Maitan é esse nome e não vai colocar nenhuma casca de banana no caminho ferracista. Aliás, Ferraço e ele se reencontram depois de um longo tempo, já que compuseram chapa de prefeito e vice em 2008. O destino aproximou os dois novamente, cada qual no seu quadrado. No que depender do novo presidente, espera-se um mandato ferracista sem dificuldades maiores no que diz respeito aos trâmites internos das matérias de interesse governamental. Maitan será o presidente no biênio 25/26, tendo ao seu lado Coronel Fabrício (PL) como vice-presidente, Vitor Azevedo (Podemos) como primeiro secretário e Marcos Coelho (PSB) como segundo secretário. Ou seja, dois novatos também aparecem bem na fotografia inicial da nova composição legislativa. E Marcos, velho conhecido da política local, também ressurge na Mesa Diretora discretamente. Definitivamente, o ano começou em Cachoeiro. Vamos ver pra onde vamos.

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