“Deus quer; o homem sonha; a obra nasce” – Fernando Pessoa
No início deste ano, começava a revitalização da Lagoa do Meio. Obra apelidada por mim em um artigo como a “Central Parque de Marataízes”, dada a importância turística que ganharia depois de pronta.
Pois bem, passado pouco mais de seis meses, não errei o prognóstico. A obra ainda em execução, mas já bem adiantada, não precisou terminar para se transformar em atração.
Olhos estupefatos acompanham as máquinas transformando em rara beleza um lugar bem no coração de Marataízes. Antes esquecida, suja, maltratada, agora a Lagoa do Meio começa ganhar a importância que merece como elemento natural e embelezador de uma cidade que não é só mar.
Quem vê não acredita que ali, bem ali, entre casas e ruas, adormecia moribunda uma lagoa que precisava de carinho. De uma nova roupa. Uma obra com recursos do Governo do Estado, mas sonhada pelos olhos de um prefeito idealista.
As imagens de agora, antes ocultas, revelam quase nos braços do mar uma princesa que namora suas águas salgadas, formando um desenho que enriquece a paisagem maratimba tal qual a um casal de mãos dadas pelas areias.
De orla nova, também sonhada pelo mesmo idealista, o mar galanteia sua namorada, num vai e vem nupcial. E ela, igualmente bonita, lhe sorri retribuindo, sem o temor de não ser correspondida.
Apaixonados e de roupa nova, lagoa e mar aparecem bem no centro de Marataízes completando agora o cenário idealizado por um homem que sonhou alto e viu a obra nascer, com a permissão de Deus.
A obra não terminou. Ainda falta muito. Mas já não falta mais nada na pérola capixaba!