Horas depois do deputado estadual Fabrício Gandini (Cidadania) ter feito uma cobrança pública ao senador licenciado Marcos do Val (Podemos): ou ele reassume o mandato ou abre a vaga para a suplente Rosana Foerst, do Cidadania, Do Val garantiu a um veículo de imprensa que volta às suas atividades no próximo dia 30, ao final do recesso.
A preocupação de Gandini é que o Estado ficasse prejudicado com um senador a menos durante as votações, dentre elas a da Reforma Tributária, que passou pela Câmara dos Deputados, mas que está marcada para ocorrer no Senado somente após o recesso.
“Marcos do Val precisa voltar ao mandato ou deixar que a suplente, Rosana Foerst, uma mulher, assuma o cargo. O Espírito Santo não pode ficar sem um representante no Senado por tanto tempo. Lá estão sendo discutidos temas importantes, como a Reforma Tributária”, alegou Gandini.
O deputado estadual frisou que o Senado possui 81 membros, sendo três por cada um dos 27 estados da federação.
“Lá (no Senado) é o único lugar em que conseguimos equilibrar o jogo. Temos igual representatividade com os outros estados. Não é possível ficar sem representação. A Rosana é uma mulher batalhadora e muito capacitada. Daria conta do recado”, justificou.
Do Val está de licença médica desde o dia 21 de junho. Ele entrou com o pedido de afastamento por 30 dias, após passar mal no gabinete. Uma Junta Médica do Senado deu aval para a licença, que se encerra na próxima quinta (20), mas, como os parlamentares estão em recesso, ele garantiu que volta mesmo no dia 30.
Alguns veículos de imprensa nacionais publicaram que Do Val poderia ficar até 115 dias de licença, mas ele negou.
Gandini diz que torce pelo restabelecimento do senador, que fez uma colonoscopia e retirou pólipos (tecido do intestino que cresceu de forma irregular) para rastreamento (biópsia). Ele disse a um veículo de comunicação que está com anemia e que foi preciso tomar ferro de forma intravenosa.
Nas eleições de 2018, Do Val, filiado ao então PPS, foi eleito senador do Estado com 863.359 votos, 24,08% dos votos válidos. Posteriormente, o seu partido mudou o nome para Cidadania. Em agosto de 2019, ele se desligou da nova legenda e se filiou ao Podemos.